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Missão nas Estrelas Teste

segunda-feira, 9 de abril de 2012

E se há dez mil anos tivéssimos sido visitados?




Este texto é o prologo de um livro que por ora eu cancelei
Criado em: 08/10/2009

A Grande Floresta das Sombras. Um ambiente gelado, repleto de árvores tão altas e com copas volumosas que impediam a passagem da luz solar para a superfície, perturbada por espíritos que buscam o eterno descanso, contendo assustadores monstros e mistérios capazes a coragem dos maiores guerreiros das tribos da região. Dentro desse lugar, correndo já ferido, com a pele de seus membros rasgada, o caçador fatigado perseguia a sua presa. Ele precisava matá-la, conseguir carne e impedir que o povo de sua aldeia passasse fome, além de conquistar o seu lugar de valor e a esposa desejada. Fazia muitas luas desde o prélio de sua caçada.
Construiu armadilhas, farejou o rastro de um monstro perigoso que garantiria alimento, óleo para uma fogueira e um grosso agasalho a fim de resistir aos dias gelados, e iniciou um difícil combate. Infelizmente, a besta fera tinha o vencido de dia com suas garras afiadas, mas naquela noite, a última de lua cheia, o duelo final aconteceria e escolheria o guerreiro mais forte.
O caçador tinha adentrado muito na floresta. Ninguém havia ousado ir para onde a escuridão impera, exceto ele, um homem desesperado, já se sentindo perdido, desorientado e faminto. A besta nesse instante se encontrava distante se não estivesse faminta, pois sendo assim ela o esperaria para atacá-lo, estripá-lo e comê-lo ainda vivo.
O caçador empunhando a sua lança com a mão direita, carregando o arco e as flechas a tiracolo tentava desviar dos troncos de árvores, batia neles, caía no meio de espinhos, erguia-se e voltava a correr. Ele precisava escapar da escuridão, pois sentia que os estranhos moradores da floresta procuravam-no sedentos de sangue. Virava-se para todas as direções, ouvia os rugidos dos monstros e corria velozmente até que uma pequena abertura alumiada devido ao brilho da lua cheia surgiu. Sentia que não conseguiria alcançar o objetivo. Parecia que a distância não diminuía, quando sua visão diminuiu, o caçador tropeçou em um amontoado de pedras ocultadas sobre a relva.
Instantes depois, ele se ergueu e descobriu estar no meio de uma grande clareira, um circulo perfeito dentro da floresta que perturbava a paz humana. Então, sentindo-se seguro olhou para o alto a fim de se localizar pelas fogueiras das tribos celestes e teve medo. Não era a lua que iluminava fortemente a superfície, mas um clarão vermelho intenso vindo do céu de parte do lado direito da clareira. O que era aquilo? A floresta em chamas? Mas, cadê a fumaça do incêndio e por que os animais estavam quietos?
O caçador nada entendeu. Ele se agachou na relva temendo aquele clarão que se intensificava e consigo vinha um vendaval. Surgiu repentinamente uma esfera de fogo que cegava quem observava. O ruído desse novo monstro lembrava a um trovão e continuava ininterruptamente. Toda a clareira refletiu a intensa nesse instante.
O caçador permaneceu escondido e apavorado com a visão de um objeto gigantesco repleto de pequenas chamas sitas a distâncias concêntricas de um circulo flamejante central. Ele não compreendeu o formato geométrico do objeto. Um polígono oblongo de seis lados, com as extremidades maiores que as laterais e de revestimento externo escuro. Um feixe luminoso de seu centro atingiu a superfície amassando a relva.
O caçador ergueu-se subitamente aturdido e pôs a correr de volta para dentro da floreta sem pensar em qual direção havia seguido. Ele tinha visto algo proibido por suas crenças, fabuloso e inacreditável: os deuses visitando seu mundo.























segunda-feira, 2 de abril de 2012

Parte do Capítulo L de O Encontro Final

Capítulo L (Pág. 105)

       (...)
No acampamento, o comandante fazia um gesto de puro amor pelo Estado do Rio Grande do Sul que sentiu sobre seus pagos a marcha de grandes exércitos e viu homens valentes lutando em nome de ideais como liberdade, democracia e igualdade. Era algo simples, mas muito simbólico para quem sempre viveu nessas terras e lutou várias batalhas por elas. João passou uma cuia de mate amargo para um soldado de aparência bem cansada que tentava se aquecer próximo do fogo de chão que aquentava a água de uma chaleira encarvoada. Ali, acontecia como em muitos lugares desse rico chão a ‘roda de chimarrão’, enquanto todos os militares esperavam as carnes espetadas em bambus fincados no chão ao redor da fogueira terminarem de assar. O calor fazia a água borbulhar e a gordura do churrasco despencar queimando a grama verde do campo de futebol.
O mate amargo ajudava a aquecer os corpos cansados de quem tentava combater uma forma maligna cuja aparência poderia ser de qualquer individuo e também ele aproximava as pessoas que proseavam acerca de suas vidas como se todo mundo ali presente conhecesse-se fazia muito tempo. O chimarrão dispensado de um exame científico para provar o seu efeito psicológico sobre as relações humanas e passado de mão em mão causava o nascimento de novas amizades, além de conseguir aprofundar as antigas. Dessa maneira, o grupo permanecia unido e estabilizado em mais uma noite tranquila que o inimigo de outro mundo poderia perturbar, mas os soldados não se aturdiriam, pois eles levantariam suas espadas e seus escudos para a grande batalha.
Sentir o sabor amargo e suave de um mate quente cevado com a erva mais pura que existe na companhia dos melhores amigos tornou-se uma maneira de manter vivos os antigos ideais que os primeiros gaúchos começaram a cultivar e de lutar para a sobrevivência de uma cultura enraizada por este chão e cuja influência estrangeira tenta destruir. Cada cuia passada a uma nova pessoa traz de volta lembranças de épocas antigas, onde o mal imperava e a ousadia de muita gente corajosa tentava trazer o bem de volta a quem sofria por causa da dominação dos mais poderosos. Ela relembra com honra os indivíduos valorosos que o tempo extinguiu.
(...)

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A montagem abaixo que eu fiz poderia ter se tornado capa de "O Encontro Final"


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Missão nas Estrelas: Império Estelar 2 - A Ameaça do Horizonte


Licença Creative Commons
O trabalho Missão nas Estrelas: Império Estelar 2 - A Ameaça do Horizonte de Itacir José Santim foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Brasil.
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  Conheçam a primeira parte desta aventura:
Missão nas Estrelas: Império Estelar
Missão nas Estrelas: O Império Estelar 2
A Ameaça do Horizonte

I
  Depois em que o campo eletromagnético foi desativado, uma missão foi enviada para as estrelas com o objetivo de explorar o universo. Todavia, os tripulantes da espaçonave não imaginavam que eles encontrariam uma nova ameaça que viria distante do horizonte cósmico conhecido.

Ano: 2465. Cindo meses depois. 

  -Capitão Hank, seu governo disse que nossa missão deveria ser no máximo de cinco meses. -Comentou o Sr. Ender Shin no hangar da nave estelar quandiana.
  -Sim, mas nós não temos naves que possam saltar a fim de nos levar rapidamente para casa. Demoraria meses para alcançar o oitavo planeta do Sistema. -Respondeu o Capitão Hank com um tom de descontentamento por causa da dependência de sua equipe dos oficiais da nave quandiana. 
 -Não se preocupem. -Interrompeu o Capitão quandiano. -Agora, vocês possuem uma nave.
  -Vai nos emprestar uma? -Perguntou o Sr. Ender Shin.
  -Enviarei dois dos meus oficiais para escoltá-los até a nave que os conduzirão para o Sistema.
  -Excelente! -Exlamou o Senhor Ender Shin.
  -A nave que os transportará é semelhante a esta.
   O Capitão Hank agradeceu a gentileza do quandi-ano.
  De repente. Uma sequência de estrondos! Tremores por toda a nave e explosões!
  -Brrrrrr! Tchiumm! Tchiumm Bum! Bum! Aah!
  -Mas, o que está acontecendo? -Perguntou liberando toda a tensão de seu corpo o Capitão da nave ao entrar na ponte de comando.
 -Estamos sendo atingidos por disparos de cargas nucleares. -Respondeu o oficial de ciências Troiã Kalar. Um descendente de imigrantes escorpianos que haviam se instalado na colônia recentemente descoberta no Planeta Derlans e posteriormente mudado para o Planeta Quand, onde ao completar a maioridade juntou-se à Armada. Ele é também amigo de infância do Sr. Shin.
 -Quero identificação da nave atacante!
 -Impossível por ora! Eu só estou captando suas ondas distorcidas de energia.
 -É porque ela se ocultou. -Disse o Capitão Hank.
 -Então, Sr. Kalar calibre os sensores e vamos rastrear toda a região.
 -E se ela saltasse na velocidade da luz? -Pensou alto o Sr. Shin.
 -Nós a veríamos por uns poucos instantes. -Respondeu pensativo o Capitão Quandiano.
  A nave atacante reapareceu. Disparou mais três vezes danificando o costado de bombordo do veículo quandiano, fazendo várias vítimas mortais e deixando-o inerte. Depois, ela saltou. Para onde? Informação não disponível.


Capítulo II
Órbita de Iscorpi
  Cinco meses depois do fim da guerra contra os escorpianos e arienianos, o planeta iniciou uma nova fase, mas que duraria pouquíssimo tempo. Uma das bases de vigilância, instaladas durante a época da primeira guerra interplanetária contra Quand no século XXIII, descobriu uma enorme onda de energia vindo contra a lua principal do planeta. O satélite natural possuía muita atividade vulcânica de onde os escorpianos extraíam energia geotérmica e minerais. O impacto da onda causou tremores tão fortes que o fez explodir em trilhões de pequenos pedaços de rocha.
  A grande explosão pode ser sentida por todo o planeta e a luminosidade dela conseguiu chegar até o Planeta Quand. Os sismógrafos derlanianos monitoraram as oscilações desse acontecimento por quatro horas. Algo muito incomum devido às distâncias interplanetárias.
  A grande nuvem de poeira cobriu o planeta. Para os habitantes, o céu escureceu repentinamente. Pareceu o fim! Os pedaços de rochas que outrora compuseram a Quarta Lua escorpiana começaram a colidir com o planeta. A população apavorou-se. 
  Nas cidades, os pedaços da lua caíam sobre os prédios. O governo da nova União Planetária declara emergência. Abalado pela quebra da Barreira Eletromagnética causada durante o recente conflito com seus vizinhos Quand e Derlans, ele decidiu iniciar as árduas negociações de paz. Seus adversários, os membros da nova aliança interplanetária do Sistema, demonstravam disposição a aceitar. Ou isso, ou a extinção da civilização escorpiana.

Sede da Liga, Planeta Quand
  -Aliados da nova Liga Interestelar de Quand, nós estamos aqui reunidos para decidir imediatamente o destino do Planeta Iscorpi. Há cerca de meio dia atrás sensores e sismógrafos uma grande onda cósmica que colidiu contra a Lua escorpiana principal que foi destruída. -Principiou o Imperador quandiano Aurélio XII. -O governo escorpiano parece estar disposto a selar o acordo de paz.
  -Não posso acreditar. -Respondeu o Imperador derlaniano Marc.
 -Imperador Marc, assumi este dever após a morte de nosso aclamado líder imperial Ehover III, mas como General e estrategista tenho a sabedoria e o conhecimento necessários para saber o momento em que os escorpianos mentem. Digo, portanto, que este é o momento de nós confiarmos neles.
 -Um ato de misericódia Imperador Aurélio XII?
 -Sim, considere-o sim.
  Enquanto isso nas telas instaladas sobre a banca-da, imagens do grande evento cataclísmico que atingiu o planeta adversário eram mostradas aos membros do conselho. Todos se sentiam assombrados. As evidências apontavam para uma possível falha de segurança de um dos reatores da usina de fusão nuclear instalada no subsolo do satélite. O campo de confinamento desligou-se causando a expansão descontrolada do núcleo e, por conseguinte, a explosão lunar.

  III - (Espaço da nebulosa Aurora XII)
  Depois que o Capitão Ian Titovsk ordenou o rastreamento de toda a região em que a nave encontrava-se, o Senhor Troiã Kalar saiu rapidamente de sua estação na ponte de comando e dirigiu-se para a Engenharia. Além de um excelente cientista, o oficial era também um ótimo engenheiro. Preocupado, o Senhor Shin decidiu encontrá-lo na entrada daquele convés.
 -Problemas Sr. Shin? -Perguntou Troiã.
 -Eu estranhei a sua presença aqui, pois o Senhor  dificilmente visita a Sala de Máquinas, ademais o Capitão Titovsk ordenou que permanecêssemos na ponte para concluir o rastreamento dessa região.
 -Precisei ver como estava a situação aqui.
 -O Senhor não é necessário na Engenharia.
 -Volte para a ponte Oficial. -Ordenou o Sr. Kalar com um tom de voz acentuado.
 -Entendido, Sr. -Respondeu cabisbaixo o Sr. Shin, pois Troiã era o oficial mais graduado, portanto seu superior.
  Depois desse fato, uma comunicação ilegal or-iginada da sala de computadores da Engenharia foi descoberta. Isso fez soar o alarme de segurança. A tripulação punha-se em alerta contra um possível sabotador.
 -Imediato, envie forças de segurança para a sala de computadores da engenharia. -Ordenou o Capitão. -Temos um intruso ou um espião.
 -Entendido. Segurança para a Engenharia. -Ordenou o Imediato pelo intercomunicador.
  Quando a equipe de segurança abriu a porta da sala de computadores situada aos fundos da Engenharia, os oficiais perceberam apenas uma facho de luz azul se formando ao redor de um indivíduo. Era um raio de teleporte. O espião ou intruso havia conseguido fugir sem deixar evidências do quanto a segurança da nave e as informações acerca da missão tinham sido comprometidas.
  -Capitão, quem fosse o espião conseguiu escapar.
  -Entendido Imediato. Diga a equipe de segurança para retornar.
 -Capitão Titovsk, o Sr notou que o Senhor Kalar deixou a ponte e não voltou até o momento? -Perquiriu o Cap. Hank.
 -Ele foi para a Engenharia. -Interrompeu a conversa o Sr. Shin.
 -Ele descumpriu minhas ordens!
  A sombria imagem do Sr. Kalar como um espião passou pela cabeça verde do Capitão quandiano. Lastimável!
  -O Sr. Kalar era o espião... e nós fomos enganados.
  -Sensores registrando ondas eletromagnéticas que correspondem ao facho visto na sala de computadores da Engenharia. -Informou o Sr. Shin.
 -Não pode ser! Intrusos! A nave camuflada! Alertem a segurança, soar alarme de intruso e abrir todos os canais de comunicação.
 -Gim! -A porta de acesso ao comando abriu e uma estranho pronunciou-se:
 -Não vai ser necessário Capitão, pois estou aqui para parlamentar.

 -Quem é você? -Perguntou tenso o Capitão Titovsk.
 -Sou o Comandante Slarc da Terceira Esquadra Imperial do Planeta Zark distante duzentos anos-luz do seu Sistema e localizado no Espaço Arieniano.
 -Eu sou o Capitão Ian Titovsk.
  O que os oficiais e passageiros da nave não sabiam é que Zark representava um grande império estelar em ascendência que havia escravizado inicialmente a civilização arieniana, considerada aliada do governo escorpiano que ajudou os membros dela a escapar após o começo de uma revolta interplanetária. Os imigrantes arienianos instalaram-se sigilosamente no Planeta dos Escorpianos e começou a ajudá-los a desenvolver tecnologias melhores para dominar os sete mundos habitados do Sistema Solar. No entanto, tais tentativas só geraram más consequências.
  De repente, Slarc tira uma arma portátil de debaixo da manga direita de sua túnica e dispara um raio azul que atinge o Capitão Titovsk.
  -Tchiumm!
  -Ele matou o Capitão Titovsk! -Exclamou o Sr. Shin.
    O Imediato tentou detê-lo e foi morto também.
  -Prendam-no! -Bradou o Capitão Hank que no mesmo instante é atingido letalmente. Ele caiu de borco. Seu peito tinha um grande buraco.
    Slarc foge teleportando-se: -illl!
  -Estou assumindo o comando temporariamente. -Informou o Sr. Shin que como navegador tinha o terceiro posto mais alto segundo a hierarquia da nova aliança. -Toda a tripulação para seus postos de combate. -Ele, então,  dirigiu-se ao novo navegador também derlaniano: - Sr. Thirty, alinhar nave para saltar ao nosso Sistema Solar.
   -Entendido, Comandante.

IV

  O trânsito na órbita do Planeta Quand aparentem-ente estava tranquilo. Não parecia que na superfície fervilhavam as discussões durante a conferência interplanetária da nova aliança. Por rádio, a vigilância orbital controlava o movimento das espaçonaves.
 -Aqui é o Cargueiro Antares solicitando permissão para iniciar aproximação final. -Chamava o Capitão de uma espaçonave derlaniana.
 -Antares tem permissão para iniciar a aproximação final e estabelecer órbita para desembarque. -Respondia o controle.
  Sim. Tudo tranquilo no planeta azul que não esperava pelas más notícias trazidas por uma de suas novas naves da frota espacial.
    
Sede da Liga (Superfície de Quand)
  Após chegar ao Planeta Quand, o Sr. Ender Shin dirigiu-se rapidamente para a sede da nova aliança. Após se acomodar na bancada principal da assembleia, logo de manhã, o imperador derlaniano, líder da reunião do dia, deu-lhe boas vindas:
 -Oficial Ender W Shin, em nome de todos de nossa nação, seja bem vindo de volta.
 -Eu agradeço a Vossa Majestade Imperial, mas o que me traz aqui é uma descoberta nada boa.
 -Prossiga Oficial.
 -A nave Estrela Primeira continha um espião a bordo que passou informações sigilosas para um oficial estrangeiro de um planeta chamado Zark sito no espaço arieniano. Este mesmo alienígena invadiu a nave, assassinou o Capitão Ian Titovsk, seu Imediato e o Capitão Hank.
   Os membros da assembleia pareceram horroriza-dos. Eles balbuciaram palavras de espanto, indignação e terror entre si. Uns não queriam aceitar o fato.
  -Aparentemente, suas naves possuem algum tipo de tecnologia de ocultamento que facilita a aproximação durante situações de combate. -Continuou o Sr. Ender Shin.
  -O ocultamento dificulta as manobras de orientação. -Interrompeu cético o Imperador Aurélio XII.
 -Hum... o ocultamento provavelmente é utilizado após definir as trajetórias que autonomamente a nave deverá seguir, Vossa...
  -Majestade Imperial Aurélio XII. -Interrompeu.

Proximidades de Scorpi
   Um cargueiro que se deslocava em impulso para o Planeta Cinder, o sexto do sistema, encontrava-se em chamas após ter grande parte de seu casco inferior destruído. Ele era um dos maiores transportes interplanetários. Tinha sofrido o ataque de uma das naves da esquadra do Planeta Zark que se dirigiam a Scorpi para conquistar os aliados dos arienianos.
   O governo escorpiano precisava concluir as negociações de paz imediatamente para poder conter a invasão. Os mundos Quand e Derlans não haviam descoberto a frota invasora até Scorp descobri-la por sua grade de vigilância espacial. Eles, então, começaram a reorganizar suas defesas a fim de conter a invasão.
    O governo provisório escorpiano tentava organizar o novo sistema de administração conhecido como República Unificada fazia cinco meses, mas era muito fraco para resistir ao controle de estrangeiros.
  A vigilância espacial descobriu a frota desconheci-da próximo ao planeta. Os oficiais sabiam que aquilo só dizia uma coisa: invasão! Alertas planetários foram dados provocando muito pânico entre a população civil, ainda mais que não existia tempo para uma evacuação segura com espaçonaves.
   O governo provisório colocou em alerta todas as bases militares da superfície e das cincos luas restantes, ordenou a ocupação das cidades e o lançamento de interceptores de combate G-5 Guardiões para tentar parar a esquadra invasora.
  As pequenaas naves invasoras chegaram dispa-rando seus raios mortais contra a superfície planetária, enquanto as maiores estabeleciam um cerco orbital. Após vários disparos dos caças e de uma nave quandiana, o primeiro veiculo inimigo foi destruído.


V - Governo provisório pede ajuda.
  Depois que o imperador escorpiano havia sido pr-eso, enviado para a colônia penal endroniana na Segunda Lua e a Monarquia Imperial desfeita, o povo do planeta saiu às ruas a fim de exigir um governo democrático e que tivesse a participação popular. Um Presidente temporário foi eleito por seis meses quando aconteceria a eleição definitiva.
  O Presidente temporário havia conseguido sair de Scorpi em segurança, deslocou-se para Quand e solicitou ajuda aos membros da nova aliança que ainda discutiam como se processariam as relações diplomáticas futuras com os escorpianos. A descoberta de uma nova ameaça estrangeira ainda era digerida.
  Os derlanianos, quandianos e cinderianos presen-tes na conferência demoraram para decidir a resposta mais adequada a quem eles consideravam um recente ex-inimigo. Numa nova reunião secreta, eles decidiram apoiar a contrainvasão e por segurança transferir a sede da Aliança Interplanetária dos Sete Planetas para um mundo no interior do sistema. O planeta Derlans foi escolhido por parecer menos desenvolvido e ter construído em segredo sua primeira nave capaz de executar o salto interestelar e que seria usada para a defesa da comunidade interplanetária.

Órbita derlaniana
  O trânsito na órbita derlaniana e nas proximidades do porto orbital estava sendo desviado para a uma nova trajetória nas proximidades ionosféricas do planeta a fim de dar espaço de manobras. Enquanto isso, a nova nave estelar desatracava da plataforma usada para sua construção durante dois anos e seu comandante dirigia-se a ela usando um pequeno transporte quase triangular.
  Ender Shin que sempre sonhara com aventuras fora de sua pequena e entediante vila agora teria a missão de defender a civilização. Ele se mantinha tranquilo, pois tinha treinado para expedições interestelares, possuía experiência com o espaço desconhecido e a sabedoria de um velho Capitão para lidar com uma tripulação novata e acontecimentos imprevistos. Mais uma vez, fazia parte da História de seu povo como um agente modificador.

-Gim! -A escotilha da câmara de vácuo abriu-se. A bordo, dois oficiais esperavam a chegada do Capitão.
-Capitão Ender Shin, suponho? -Perguntou o oficial de verde.
-Sim, recentemente promovido e transferido da nave quandiana Estrela Primeira para esta. Meu acompanhante é o Imediato Sr. Thirty.
  O oficial de verde conduziu-os até o local  onde o  Engenheiro encontrava-se monitorando o carregamento de plasma em um dos dois reatores e deixou-os.
 -É um prazer em conhecê-lo, Capitão Shin. -Disse estendo a mão. -Sou Alan Tetra, Oficial Chefe da Engenharia da nave Horizonte.
    -O prazer é meu Sr. Tetra e gostaria que conhecesse meu Imediato Sr. Thirty.
-Claro. -Respondeu sorridente o Sr. Tetra.
-Eu percebo a pouca presença de tripulantes por aqui. A maioria ainda não embarcou ou...?
-Como nossas ordens são apenas para executar uma manobra de treinamento para compreender as condições de propulsão e estruturais da nave, o comando não ordenou o embarque de todos. Estou usando a maioria dos oficiais para monitorar o carregamento e o confinamento de plasma nos reatores.
-Creio que o Senhor não foi informado sobre as novas ordens.
-Sobre o quê, Senhor?
-Estamos sendo enviados para tolher a invasão do sistema que começou por Scorpi.
  O Engenheiro ficou circunspecto.
-Esta nave não está pronta. Desconhecemos se o Salto funcionará como nas previsões. Temos os testes para terminar.
-Termine-os no espaço, pois já estamos indo para Scorpi e acredito que nosso mundo poderá chamar alguma atenção agora.
-Entendido, Senhor. Sei que a situação está difícil, portanto nós faremos o melhor. Agora, se me der licensa.
-Claro. -Respondeu o Sr. Tetra deixando o Capitão e o Imadiato sozinhos e livres para ir ao comando.
  A tripulação da nave surpreendida pelos invasores do Planeta Zark. Os caças que a acompanhavam seguiram rapidamente para um combate ferrenho. Nesse instante, um novo alerta foi enviado para todo o Sistema Solar.
  A Horizonte usou todas as suas armas para defender o Planeta Derlans e abrir caminho para Scorpi. Naves em chamas, explodindo, pedaços de casco e de módulos de fuga formavam o rastro de onde ela havia passado. Sua força evitaria a conclusão da invasão, mas o conflito que se iniciava só terminaria daqui cinquenta anos.
  Os anos de 2464 e seus sucessores, conforme o calendário planetário derlaniano ficaram conhecidos como o “período negro da História da comunidade interplanetária da Aliança dos Sete Planetas.”

  Texto original escrito em: 24 de novembro de 2002
 
  Prepare-se para um salto no futuro:
  Próxima aventura no ano de 2585.      

Disponível para download em PDF:
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/3483518