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No meu Diário deProdução recém publicado escrevi que escrever é um vício o qual não consigo
perder. Eu ficava muito melancólica quando não o fazia. Passei anos triste
enquanto trabalhava na BRF e depois em um Curtume por não ter energia suficiente
para isso. Era uma rotina, uma forma de me explorar, mas o trabalho físico
esgotava-me. Hoje busco algo que não seja trabalho físico/braçal, mas ninguém
me contrata. Enfim, foi durante meus dois últimos semestres que descobri uma
característica minha, a qual explica meu comportamento de não gostar de
mudanças. Descobri a Síndrome de Asperger.
Normalmente,
as pessoas afetadas pela Síndrome tem dificuldade nas relações interpessoais,
comportamentos repetitivos, foco em poucas coisas, foco extremado em aspectos
específicos como ciência, tecnologia, linguagem rebuscada, falha em perceber o
mundo de forma sincrônica ou simultânea. Sim, dou um exemplo, se estou expondo
algo durante uma aula minha não consigo perceber o que os alunos estão fazendo.
Já me ocorreu de no estágio da Residência Pedagógica ter aluno dormindo e não
notar. Preciso me esforçar para evitar esses transtornos. Enquanto falo,
centro-me em mim mesma. A linguagem excessivamente formal é outro problema. Ela
não pode ter influência familiar, pois toda minha família não tem formação
intelectual, sendo semi ou analfabetos. Eu fui me construindo ao longo da
educação básica. O problema é que grande parte das pessoas não vão me entender.
Eu considero sacrilégio alterar expressões, palavras que foram estabelecidas para
os conceitos e fenômenos que tenho de apresentar. É o problema da tradução e
transposição. Palavras complicadas. Enfim.