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Missão nas Estrelas Teste

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A montagem abaixo que eu fiz poderia ter se tornado capa de "O Encontro Final"


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Missão nas Estrelas: Império Estelar 2 - A Ameaça do Horizonte


Licença Creative Commons
O trabalho Missão nas Estrelas: Império Estelar 2 - A Ameaça do Horizonte de Itacir José Santim foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Brasil.
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  Conheçam a primeira parte desta aventura:
Missão nas Estrelas: Império Estelar
Missão nas Estrelas: O Império Estelar 2
A Ameaça do Horizonte

I
  Depois em que o campo eletromagnético foi desativado, uma missão foi enviada para as estrelas com o objetivo de explorar o universo. Todavia, os tripulantes da espaçonave não imaginavam que eles encontrariam uma nova ameaça que viria distante do horizonte cósmico conhecido.

Ano: 2465. Cindo meses depois. 

  -Capitão Hank, seu governo disse que nossa missão deveria ser no máximo de cinco meses. -Comentou o Sr. Ender Shin no hangar da nave estelar quandiana.
  -Sim, mas nós não temos naves que possam saltar a fim de nos levar rapidamente para casa. Demoraria meses para alcançar o oitavo planeta do Sistema. -Respondeu o Capitão Hank com um tom de descontentamento por causa da dependência de sua equipe dos oficiais da nave quandiana. 
 -Não se preocupem. -Interrompeu o Capitão quandiano. -Agora, vocês possuem uma nave.
  -Vai nos emprestar uma? -Perguntou o Sr. Ender Shin.
  -Enviarei dois dos meus oficiais para escoltá-los até a nave que os conduzirão para o Sistema.
  -Excelente! -Exlamou o Senhor Ender Shin.
  -A nave que os transportará é semelhante a esta.
   O Capitão Hank agradeceu a gentileza do quandi-ano.
  De repente. Uma sequência de estrondos! Tremores por toda a nave e explosões!
  -Brrrrrr! Tchiumm! Tchiumm Bum! Bum! Aah!
  -Mas, o que está acontecendo? -Perguntou liberando toda a tensão de seu corpo o Capitão da nave ao entrar na ponte de comando.
 -Estamos sendo atingidos por disparos de cargas nucleares. -Respondeu o oficial de ciências Troiã Kalar. Um descendente de imigrantes escorpianos que haviam se instalado na colônia recentemente descoberta no Planeta Derlans e posteriormente mudado para o Planeta Quand, onde ao completar a maioridade juntou-se à Armada. Ele é também amigo de infância do Sr. Shin.
 -Quero identificação da nave atacante!
 -Impossível por ora! Eu só estou captando suas ondas distorcidas de energia.
 -É porque ela se ocultou. -Disse o Capitão Hank.
 -Então, Sr. Kalar calibre os sensores e vamos rastrear toda a região.
 -E se ela saltasse na velocidade da luz? -Pensou alto o Sr. Shin.
 -Nós a veríamos por uns poucos instantes. -Respondeu pensativo o Capitão Quandiano.
  A nave atacante reapareceu. Disparou mais três vezes danificando o costado de bombordo do veículo quandiano, fazendo várias vítimas mortais e deixando-o inerte. Depois, ela saltou. Para onde? Informação não disponível.


Capítulo II
Órbita de Iscorpi
  Cinco meses depois do fim da guerra contra os escorpianos e arienianos, o planeta iniciou uma nova fase, mas que duraria pouquíssimo tempo. Uma das bases de vigilância, instaladas durante a época da primeira guerra interplanetária contra Quand no século XXIII, descobriu uma enorme onda de energia vindo contra a lua principal do planeta. O satélite natural possuía muita atividade vulcânica de onde os escorpianos extraíam energia geotérmica e minerais. O impacto da onda causou tremores tão fortes que o fez explodir em trilhões de pequenos pedaços de rocha.
  A grande explosão pode ser sentida por todo o planeta e a luminosidade dela conseguiu chegar até o Planeta Quand. Os sismógrafos derlanianos monitoraram as oscilações desse acontecimento por quatro horas. Algo muito incomum devido às distâncias interplanetárias.
  A grande nuvem de poeira cobriu o planeta. Para os habitantes, o céu escureceu repentinamente. Pareceu o fim! Os pedaços de rochas que outrora compuseram a Quarta Lua escorpiana começaram a colidir com o planeta. A população apavorou-se. 
  Nas cidades, os pedaços da lua caíam sobre os prédios. O governo da nova União Planetária declara emergência. Abalado pela quebra da Barreira Eletromagnética causada durante o recente conflito com seus vizinhos Quand e Derlans, ele decidiu iniciar as árduas negociações de paz. Seus adversários, os membros da nova aliança interplanetária do Sistema, demonstravam disposição a aceitar. Ou isso, ou a extinção da civilização escorpiana.

Sede da Liga, Planeta Quand
  -Aliados da nova Liga Interestelar de Quand, nós estamos aqui reunidos para decidir imediatamente o destino do Planeta Iscorpi. Há cerca de meio dia atrás sensores e sismógrafos uma grande onda cósmica que colidiu contra a Lua escorpiana principal que foi destruída. -Principiou o Imperador quandiano Aurélio XII. -O governo escorpiano parece estar disposto a selar o acordo de paz.
  -Não posso acreditar. -Respondeu o Imperador derlaniano Marc.
 -Imperador Marc, assumi este dever após a morte de nosso aclamado líder imperial Ehover III, mas como General e estrategista tenho a sabedoria e o conhecimento necessários para saber o momento em que os escorpianos mentem. Digo, portanto, que este é o momento de nós confiarmos neles.
 -Um ato de misericódia Imperador Aurélio XII?
 -Sim, considere-o sim.
  Enquanto isso nas telas instaladas sobre a banca-da, imagens do grande evento cataclísmico que atingiu o planeta adversário eram mostradas aos membros do conselho. Todos se sentiam assombrados. As evidências apontavam para uma possível falha de segurança de um dos reatores da usina de fusão nuclear instalada no subsolo do satélite. O campo de confinamento desligou-se causando a expansão descontrolada do núcleo e, por conseguinte, a explosão lunar.

  III - (Espaço da nebulosa Aurora XII)
  Depois que o Capitão Ian Titovsk ordenou o rastreamento de toda a região em que a nave encontrava-se, o Senhor Troiã Kalar saiu rapidamente de sua estação na ponte de comando e dirigiu-se para a Engenharia. Além de um excelente cientista, o oficial era também um ótimo engenheiro. Preocupado, o Senhor Shin decidiu encontrá-lo na entrada daquele convés.
 -Problemas Sr. Shin? -Perguntou Troiã.
 -Eu estranhei a sua presença aqui, pois o Senhor  dificilmente visita a Sala de Máquinas, ademais o Capitão Titovsk ordenou que permanecêssemos na ponte para concluir o rastreamento dessa região.
 -Precisei ver como estava a situação aqui.
 -O Senhor não é necessário na Engenharia.
 -Volte para a ponte Oficial. -Ordenou o Sr. Kalar com um tom de voz acentuado.
 -Entendido, Sr. -Respondeu cabisbaixo o Sr. Shin, pois Troiã era o oficial mais graduado, portanto seu superior.
  Depois desse fato, uma comunicação ilegal or-iginada da sala de computadores da Engenharia foi descoberta. Isso fez soar o alarme de segurança. A tripulação punha-se em alerta contra um possível sabotador.
 -Imediato, envie forças de segurança para a sala de computadores da engenharia. -Ordenou o Capitão. -Temos um intruso ou um espião.
 -Entendido. Segurança para a Engenharia. -Ordenou o Imediato pelo intercomunicador.
  Quando a equipe de segurança abriu a porta da sala de computadores situada aos fundos da Engenharia, os oficiais perceberam apenas uma facho de luz azul se formando ao redor de um indivíduo. Era um raio de teleporte. O espião ou intruso havia conseguido fugir sem deixar evidências do quanto a segurança da nave e as informações acerca da missão tinham sido comprometidas.
  -Capitão, quem fosse o espião conseguiu escapar.
  -Entendido Imediato. Diga a equipe de segurança para retornar.
 -Capitão Titovsk, o Sr notou que o Senhor Kalar deixou a ponte e não voltou até o momento? -Perquiriu o Cap. Hank.
 -Ele foi para a Engenharia. -Interrompeu a conversa o Sr. Shin.
 -Ele descumpriu minhas ordens!
  A sombria imagem do Sr. Kalar como um espião passou pela cabeça verde do Capitão quandiano. Lastimável!
  -O Sr. Kalar era o espião... e nós fomos enganados.
  -Sensores registrando ondas eletromagnéticas que correspondem ao facho visto na sala de computadores da Engenharia. -Informou o Sr. Shin.
 -Não pode ser! Intrusos! A nave camuflada! Alertem a segurança, soar alarme de intruso e abrir todos os canais de comunicação.
 -Gim! -A porta de acesso ao comando abriu e uma estranho pronunciou-se:
 -Não vai ser necessário Capitão, pois estou aqui para parlamentar.

 -Quem é você? -Perguntou tenso o Capitão Titovsk.
 -Sou o Comandante Slarc da Terceira Esquadra Imperial do Planeta Zark distante duzentos anos-luz do seu Sistema e localizado no Espaço Arieniano.
 -Eu sou o Capitão Ian Titovsk.
  O que os oficiais e passageiros da nave não sabiam é que Zark representava um grande império estelar em ascendência que havia escravizado inicialmente a civilização arieniana, considerada aliada do governo escorpiano que ajudou os membros dela a escapar após o começo de uma revolta interplanetária. Os imigrantes arienianos instalaram-se sigilosamente no Planeta dos Escorpianos e começou a ajudá-los a desenvolver tecnologias melhores para dominar os sete mundos habitados do Sistema Solar. No entanto, tais tentativas só geraram más consequências.
  De repente, Slarc tira uma arma portátil de debaixo da manga direita de sua túnica e dispara um raio azul que atinge o Capitão Titovsk.
  -Tchiumm!
  -Ele matou o Capitão Titovsk! -Exclamou o Sr. Shin.
    O Imediato tentou detê-lo e foi morto também.
  -Prendam-no! -Bradou o Capitão Hank que no mesmo instante é atingido letalmente. Ele caiu de borco. Seu peito tinha um grande buraco.
    Slarc foge teleportando-se: -illl!
  -Estou assumindo o comando temporariamente. -Informou o Sr. Shin que como navegador tinha o terceiro posto mais alto segundo a hierarquia da nova aliança. -Toda a tripulação para seus postos de combate. -Ele, então,  dirigiu-se ao novo navegador também derlaniano: - Sr. Thirty, alinhar nave para saltar ao nosso Sistema Solar.
   -Entendido, Comandante.

IV

  O trânsito na órbita do Planeta Quand aparentem-ente estava tranquilo. Não parecia que na superfície fervilhavam as discussões durante a conferência interplanetária da nova aliança. Por rádio, a vigilância orbital controlava o movimento das espaçonaves.
 -Aqui é o Cargueiro Antares solicitando permissão para iniciar aproximação final. -Chamava o Capitão de uma espaçonave derlaniana.
 -Antares tem permissão para iniciar a aproximação final e estabelecer órbita para desembarque. -Respondia o controle.
  Sim. Tudo tranquilo no planeta azul que não esperava pelas más notícias trazidas por uma de suas novas naves da frota espacial.
    
Sede da Liga (Superfície de Quand)
  Após chegar ao Planeta Quand, o Sr. Ender Shin dirigiu-se rapidamente para a sede da nova aliança. Após se acomodar na bancada principal da assembleia, logo de manhã, o imperador derlaniano, líder da reunião do dia, deu-lhe boas vindas:
 -Oficial Ender W Shin, em nome de todos de nossa nação, seja bem vindo de volta.
 -Eu agradeço a Vossa Majestade Imperial, mas o que me traz aqui é uma descoberta nada boa.
 -Prossiga Oficial.
 -A nave Estrela Primeira continha um espião a bordo que passou informações sigilosas para um oficial estrangeiro de um planeta chamado Zark sito no espaço arieniano. Este mesmo alienígena invadiu a nave, assassinou o Capitão Ian Titovsk, seu Imediato e o Capitão Hank.
   Os membros da assembleia pareceram horroriza-dos. Eles balbuciaram palavras de espanto, indignação e terror entre si. Uns não queriam aceitar o fato.
  -Aparentemente, suas naves possuem algum tipo de tecnologia de ocultamento que facilita a aproximação durante situações de combate. -Continuou o Sr. Ender Shin.
  -O ocultamento dificulta as manobras de orientação. -Interrompeu cético o Imperador Aurélio XII.
 -Hum... o ocultamento provavelmente é utilizado após definir as trajetórias que autonomamente a nave deverá seguir, Vossa...
  -Majestade Imperial Aurélio XII. -Interrompeu.

Proximidades de Scorpi
   Um cargueiro que se deslocava em impulso para o Planeta Cinder, o sexto do sistema, encontrava-se em chamas após ter grande parte de seu casco inferior destruído. Ele era um dos maiores transportes interplanetários. Tinha sofrido o ataque de uma das naves da esquadra do Planeta Zark que se dirigiam a Scorpi para conquistar os aliados dos arienianos.
   O governo escorpiano precisava concluir as negociações de paz imediatamente para poder conter a invasão. Os mundos Quand e Derlans não haviam descoberto a frota invasora até Scorp descobri-la por sua grade de vigilância espacial. Eles, então, começaram a reorganizar suas defesas a fim de conter a invasão.
    O governo provisório escorpiano tentava organizar o novo sistema de administração conhecido como República Unificada fazia cinco meses, mas era muito fraco para resistir ao controle de estrangeiros.
  A vigilância espacial descobriu a frota desconheci-da próximo ao planeta. Os oficiais sabiam que aquilo só dizia uma coisa: invasão! Alertas planetários foram dados provocando muito pânico entre a população civil, ainda mais que não existia tempo para uma evacuação segura com espaçonaves.
   O governo provisório colocou em alerta todas as bases militares da superfície e das cincos luas restantes, ordenou a ocupação das cidades e o lançamento de interceptores de combate G-5 Guardiões para tentar parar a esquadra invasora.
  As pequenaas naves invasoras chegaram dispa-rando seus raios mortais contra a superfície planetária, enquanto as maiores estabeleciam um cerco orbital. Após vários disparos dos caças e de uma nave quandiana, o primeiro veiculo inimigo foi destruído.


V - Governo provisório pede ajuda.
  Depois que o imperador escorpiano havia sido pr-eso, enviado para a colônia penal endroniana na Segunda Lua e a Monarquia Imperial desfeita, o povo do planeta saiu às ruas a fim de exigir um governo democrático e que tivesse a participação popular. Um Presidente temporário foi eleito por seis meses quando aconteceria a eleição definitiva.
  O Presidente temporário havia conseguido sair de Scorpi em segurança, deslocou-se para Quand e solicitou ajuda aos membros da nova aliança que ainda discutiam como se processariam as relações diplomáticas futuras com os escorpianos. A descoberta de uma nova ameaça estrangeira ainda era digerida.
  Os derlanianos, quandianos e cinderianos presen-tes na conferência demoraram para decidir a resposta mais adequada a quem eles consideravam um recente ex-inimigo. Numa nova reunião secreta, eles decidiram apoiar a contrainvasão e por segurança transferir a sede da Aliança Interplanetária dos Sete Planetas para um mundo no interior do sistema. O planeta Derlans foi escolhido por parecer menos desenvolvido e ter construído em segredo sua primeira nave capaz de executar o salto interestelar e que seria usada para a defesa da comunidade interplanetária.

Órbita derlaniana
  O trânsito na órbita derlaniana e nas proximidades do porto orbital estava sendo desviado para a uma nova trajetória nas proximidades ionosféricas do planeta a fim de dar espaço de manobras. Enquanto isso, a nova nave estelar desatracava da plataforma usada para sua construção durante dois anos e seu comandante dirigia-se a ela usando um pequeno transporte quase triangular.
  Ender Shin que sempre sonhara com aventuras fora de sua pequena e entediante vila agora teria a missão de defender a civilização. Ele se mantinha tranquilo, pois tinha treinado para expedições interestelares, possuía experiência com o espaço desconhecido e a sabedoria de um velho Capitão para lidar com uma tripulação novata e acontecimentos imprevistos. Mais uma vez, fazia parte da História de seu povo como um agente modificador.

-Gim! -A escotilha da câmara de vácuo abriu-se. A bordo, dois oficiais esperavam a chegada do Capitão.
-Capitão Ender Shin, suponho? -Perguntou o oficial de verde.
-Sim, recentemente promovido e transferido da nave quandiana Estrela Primeira para esta. Meu acompanhante é o Imediato Sr. Thirty.
  O oficial de verde conduziu-os até o local  onde o  Engenheiro encontrava-se monitorando o carregamento de plasma em um dos dois reatores e deixou-os.
 -É um prazer em conhecê-lo, Capitão Shin. -Disse estendo a mão. -Sou Alan Tetra, Oficial Chefe da Engenharia da nave Horizonte.
    -O prazer é meu Sr. Tetra e gostaria que conhecesse meu Imediato Sr. Thirty.
-Claro. -Respondeu sorridente o Sr. Tetra.
-Eu percebo a pouca presença de tripulantes por aqui. A maioria ainda não embarcou ou...?
-Como nossas ordens são apenas para executar uma manobra de treinamento para compreender as condições de propulsão e estruturais da nave, o comando não ordenou o embarque de todos. Estou usando a maioria dos oficiais para monitorar o carregamento e o confinamento de plasma nos reatores.
-Creio que o Senhor não foi informado sobre as novas ordens.
-Sobre o quê, Senhor?
-Estamos sendo enviados para tolher a invasão do sistema que começou por Scorpi.
  O Engenheiro ficou circunspecto.
-Esta nave não está pronta. Desconhecemos se o Salto funcionará como nas previsões. Temos os testes para terminar.
-Termine-os no espaço, pois já estamos indo para Scorpi e acredito que nosso mundo poderá chamar alguma atenção agora.
-Entendido, Senhor. Sei que a situação está difícil, portanto nós faremos o melhor. Agora, se me der licensa.
-Claro. -Respondeu o Sr. Tetra deixando o Capitão e o Imadiato sozinhos e livres para ir ao comando.
  A tripulação da nave surpreendida pelos invasores do Planeta Zark. Os caças que a acompanhavam seguiram rapidamente para um combate ferrenho. Nesse instante, um novo alerta foi enviado para todo o Sistema Solar.
  A Horizonte usou todas as suas armas para defender o Planeta Derlans e abrir caminho para Scorpi. Naves em chamas, explodindo, pedaços de casco e de módulos de fuga formavam o rastro de onde ela havia passado. Sua força evitaria a conclusão da invasão, mas o conflito que se iniciava só terminaria daqui cinquenta anos.
  Os anos de 2464 e seus sucessores, conforme o calendário planetário derlaniano ficaram conhecidos como o “período negro da História da comunidade interplanetária da Aliança dos Sete Planetas.”

  Texto original escrito em: 24 de novembro de 2002
 
  Prepare-se para um salto no futuro:
  Próxima aventura no ano de 2585.      

Disponível para download em PDF:
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/3483518
     
     
   
 




    

     


     
  





   

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Trecho do livro "O Encontro Final" para apreciação


Apresentação de O Encontro Final

O livro tem versão impressa e ebook kindle que pode ser acessado por aqui


            Confesso que resisti em republicar O Encontro Final por não ter um bom retorno do público. Escrevi o romance em um caderno durante horas vagas entre uma atividade escolar e outra quando estudava na 8ª. Série, hoje 9°. Ano. De fato, ela continuaria uma série de contos que comecei a escrever um ano antes. Infelizmente, os manuscritos das histórias anteriores foram perdidos, o que me fez reescrever boa parte do livro. Ele foi uma interessante construção fictícia usando minha própria cidade como cenário. Muçum encontra-se na região norte do Estado, há cerca de cento e vinte quilômetros de Porto Alegre. É um município pacato conhecido por suas pontes ferroviárias e paisagens verdes. Contudo, no romance toda tranquilidade é destruída com acontecimentos assustadores. Por que escolhi uma cidade real? Influência da literatura brasileira moderna. Sou fanática por Érico Veríssimo.

            Escrevo no feminino, pois há dois anos assumi-me como mulher transgênero chamada Poliana Gabriela Santim, contudo não quis mudar o pseudônimo de autora, pelo menos para este trabalho, já que ele é antigo e está registrado na Biblioteca Nacional. Enfim, a obra foi escrita em 2004 e publicada em 2011 por conta própria. Na época, queria sentir a experiência de ter um livro lido pelas pessoas. Confesso que muitas se sentiram ofendidas, pois imaginei na situação literária pessoas reais. A Ficção Científica é especulativa por natureza. Ela problematiza de conceitos a personagens em eventos hipotéticos. A temática de invasão extraterrestre é recorrente. Não inventei nada. Por anos, assisti Arquivo X, então colhi algumas referências televisivas para usar no trabalho. Li pouco sobre Física e Astronomia, pois não tinha acesso a livros nem computador com Internet. Comprei o meu primeiro quando adulta em 2008 com o trabalho de auxiliar de produção em um frigorífico da BRF (Brasil Foods). Então, digitei o livro muitas vezes reduzindo minhas horas de sono antes de ir novamente para a empresa.  Em 2011, despediram-me, decidi mandar a obra para impressão, pagando com o dinheiro da rescisão de contrato de trabalho e FGTS e ingressei para a faculdade de história na Univates em Lajeado/RS.

            A obra representa parte de uma vida em que possuía idealização. Criei personagens baseados em pessoas que admirava e estava gostando. Retrato do meu inconsciente? Quem sabe? Hoje busco uma definição para o livro. Primeira experiência? O modo de entender como escrever. Ainda não entendi. Acho mais fácil escrever artigo científico, monografia. Contudo, meus colegas e amigos de curso sempre me disseram para continuar fazendo literatura. Houve vários momentos em que parei de fazê-la por falta de disponibilidade. Posto isto, quero dar ao leitor esta obra com um aviso: “Cuidado com pesadelos.”

        


Capítulo I

           

             Sábado. Amanhecia tranquilamente na pequena cidade de Muçum. Havia pouco movimento nas ruas. Alguns carros trafegavam pela avenida principal, pessoas mateavam em frente de suas casas e saiam para se exercitar. Umas conhecidas encontravam-se durante o passeio e paravam a fim de prosear. A maioria fazia isso, pois em uma vizinhança pequena é costume falar do que um ou outro fez no dia anterior. Assim, surgiam as fofocas.

             A cidade possui duas cadeias de montanhas esverdeadas capazes de transmitir a sensação de estar dentro de um grande buraco, no entanto ela se encontra dentro de um grande vale com um rio que percorre paralelamente a extensão urbana. Sobre ele, na entrada de Muçum, existe uma ponte rodoferroviária que ao cruzá-lo passa a possuir arcos de concreto unidos com a lateral esquerda da usada por automóveis. Do outro lado do rio, há uma estrada de chão, uma favela com seus barracos ambíguos ao barranco fluvial e um longo túnel de trem. Existem apenas duas avenidas principais que se unem após uma virar para a direita, onde se encontra a maioria das lojas de roupas, brinquedos e outros produtos. Pode-se andar a pé para qualquer localidade da zona urbana devido às pequenas distâncias.

             O lugar permaneceu tranquilo, enquanto prosseguiu a alvorada. Na Escola Estadual General Souza Doca, única de Ensino Médio existente no município, faxineiros, professores e membros da administração arrumavam as salas de aula para o retorno às atividades curriculares que aconteceria na Segunda-Feira.  Os primeiros raios solares dispersaram-se pelo pátio e depois atingiram os três prédios de dois andares que constituíam com o ginásio municipal de esportes um retângulo.

             Algumas faxineiras variam a poeira e as folhas das árvores quedadas no pátio. Tinha começado a ventar, no entanto a previsão meteorológica havia indicado tempo ensolarado. Repentinamente, na sala de aula do segundo prédio, Turma-71 no ano anterior, perto da extremidade da cantina e do portão com acesso à escadaria para o setor da administração e dos outros recintos de ensino, aconteceu um rugido semelhante a um trovão. Uma mulher que varia o piso e encontrava-se ambígua ao recinto atingido pelo barulho entrou a fim de verificar o que se passava. O lugar estava congelado. Algo invisível e pequeníssimo absorvia todo o ar do interior da sala e produzia raios para todas as direções. A faxineira apavorou-se. Ela gritou, gritou, gritou, mas ninguém ouviu nada por causa do vendaval.  Mesas e classes eram arremessadas contra as paredes como brinquedos infantis e permaneciam nelas coladas. Quando o fenômeno havia aumentado de intensidade, ele empurrou a porta com tanta intensidade que ela rachou ao bater. Subitamente, o estranho fenômeno terminou e um raio atingiu a faxineira lançando-a contra o piso, enquanto continuava a gritar.

             Do exterior, o último grito de pavor foi ouvido chamando a atenção do Diretor da escola que nesse instante se encontrava em seu gabinete. Ele correu preocupado para a sala da Turma-71, entrou e encontrou várias criaturas disformes que andavam sob duas pernas, possuíam peles cinzentas melequentas, três dedos homólogos longos em suas mãos e pés, cabeças triangulares com uma extensão que constituía uma massa cônica para trás, olhos negros tão volumosos que se assemelhavam a uma lupa, dois orifícios para respirar logo abaixo e bocas pequenas. Elas eram magérrimas e repulsivas.

             Os curiosos que se aproximaram da sala tinham sido dominados. Restava agora aprisionar quem administrava a escola, por isso uma criatura andou contra o Diretor, este saltou apavorado para trás, ela estendeu o seu braço direito desdobrando os seus três dedos magérrimos e a porta fechou-se como se houvesse magnetismo. Então, os estranhos seres agarraram-no, sofreram resistência dele, mas conseguiram deixá-lo inconsciente graças ao toque dos seus dedos homólogos. Depois de concluir a investida, as criaturas assumiram as aparências de cada pessoa aprisionada.