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terça-feira, 31 de maio de 2011

Adolescência




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I J Santim
Poesia: Adolescência

É o período de grandes transformações para meninos e meninas.
Os meninos deixam seus carrinhos de lado e passam mais tempo no PC.
As meninas deixam de brincar com suas bonecas e começam
a pensar em garotos (delinquentes, emos, traficantes, somente o lixo).
Chegam as primeiras perguntas.
Quem sou?
Qual o sentido da vida?
Mas, eles não se importam com isso.
Pra que saber?
Pra que estudar Literatura, se não me serve para nada?
Ganham mais liberdade, mais opções e consequentemente mais deveres.
Pensam que sabem tudo quando são infantis demais, precisam
cair, machucar-se ardentemente, sangrar, decepcionar-se muito até crescer.
Muitos começam a se achar indestrutíveis.
Os meninos passam a ter dinheiro, carro, brincos, piercings, correntes,
roupas coloridas e drogas.
Eles abusam da boa vontade e bondade divinas.
Correm pelas estradas pensando que são os tais, os garranhões.
Bem, já se comportam como animais irracionais.
As meninas adoram-os.
Elas são burras, possuem ilusões vindas da Disney.
Desejam-os ardentemente, mas depois que são comidas arrependem-se.
Meninos e meninos só querem saber de baladas com um lixo de “projeto musical”.
Os meninos ficam até o outro dia nas baladas.
Eles querem pegar (o termo que mais usam) o máximo possível de
meninas.
Elas já começam a querer desde os doze anos.
Meninos e meninas brigam com seus pais.
Discordam profundamente do que os velhos pensam.
O velho desaprova o namorado da filha.
Criei ela bem! Sempre dei-lhe tudo. Como ela faz isso?
Arranja um merda que nenhuma inteligência tem.
Que futuro ele dará a ela?
Eles ficam adultos, enfim, arrependidos das escolhas.
Alguns fazem faculdade, mas pra quê?
Não servirão ao povo que sofre, pois entregam o país aos
americanos filhos da puta.
Só querem enriquecer.
A vida é só comer e sexo.
Deus não existe.
A única fé que seguem chama-se Capital.
O resto é resto.
Importa apenas o sexo animal, seus estômagos satisfeitos,
o dinheiro (luxúria) e a estética.
O resto não importa.
É o fim mesmo.