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Missão nas Estrelas Teste

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

A tragédia de Calebe Kalar (Tragedy of Caleb Kalar)

 


Pobre Calebe. A biografia do ex-príncipe imperial deve ser complementada. Foi dito que ele é melancólico por mudanças culturais, contudo há uma tragédia pessoal envolvendo sua família. Há vinte anos ele teve seus pais, irmãos, mulher e filhos mortos durante um ataque do Consórcio durante a tentativa de decolagem da estelanave imperial.

Na época ocorria uma grande guerra civil envolvendo facções comandadas pelos irmãos e opositores ao Imperador Gideão XI. Ela já perdurava dez anos. Gideão XI vinha tentando manter a unidade do Sistema Solar Escorpiano que lhe sobrara desde o fim da guerra com o Consórcio e a assinatura do tratado de paz, o Tratado de São Paulo[1], que desintegrou o Império Interestelar Escorpiano. O imperador preferiu ouvir os sacerdotes que afirmavam chegar a hora da submissão escorpiana ao jugo do conquistador como punição pela queda. Contudo, trinta anos depois ele e sua família viram-se ameaçados por parentes que se converteram aos jarielitas ou opunham-se aos prognósticos dos sacerdotes e à política imperial.

Calebe nasceu em 2341, durante o processo de desintegração imperial e da transformação da monarquia em fantoche do Consórcio Solar. Ele cresceu sendo o filho favorito de sua mãe, mas um desgosto de seu pai por conflitar com os sacerdotes, refutando as interpretações da chegada do Juízo Final deles. Quando rapaz pode viajar, conhecer e estudar em outros mundos como Cinder, Quand, Terra Brasilis, dando passagens por Terra e Marte. Acreditava que poderia reerguer a economia escorpiana explorando as reservas de gravitonite existentes no sistema solar escorpiano e fabricar antimatéria. Buscou aliados entre os opositores antes de eles se voltarem contra a monarquia. Gideão XI ao saber das iniciativas do filho resolve proibi-lo de continuar com o projeto. A proibição de haver estelanaves escorpianas ainda não tinha sido imposta pelo Consórcio, então era possível transportar os combustíveis usados para voos interestelares para vender em outros sistemas. Contudo, o imperador já tinha decidido: “A grande História escorpiana acabou. É momento de acertar as contas com o Senhor de Todas as Galáxias. Ele enviou os novos Acusadores.” Ele mandou trancafiar o filho e executar os opositores líderes do projeto de reerguer a economia escorpiana. Todavia, como último grande ato de um imperador derrotado, deprimido, ele decidiu investir uma última viagem aos planetas do desintegrado império para comportar seus súditos. A guerra civil iniciava-se.

O Consórcio evitou agir por um tempo, conseguindo manter protegidas suas regiões, mas ao ter seus inspetores de armas interestelares barrados em instalações de energia e militares escorpianas, os membros decidiram que era o momento de endurecer as regras do tratado de paz. Os escorpianos foram proibidos do voo interestelar independente. Suas naves estelares foram desmontadas ou destruídas, contudo, a nau imperial permaneceu salva e o imperador resolveu usá-la. Naquele dia, o Consórcio intervia bombardeando cidades do planeta para auxiliar rebeldes que instalariam a República. O imperador decolava da base quando sua nave foi granjeada pelos sensores da nave NAE-天上的戰士 (Tiānshàng de Zhànshì) do recém promovido a Capitão Ender Shin.

Ender Shin reticenciou a atacar a nave imperial. A situação na base tornava-se crítica com a derrota do exército escorpiano aliado ao Consórcio. Ela se localizava em uma cidade ao lado da capital chamada Astrabade em português. Então, a nave do Consórcio recebeu novas ordens de sua capitânia que não podia se colocar na posição sobre a base a tempo. Então, Ender Shin executou o bombardeio com ogivas do tipo Nova. Metade da cidade tinha sido destruída e a família imperial morta, garantindo a vitória dos republicanos escorpianos.

Calebe foi resgatado por seus aliados e preferiu exilar-se, jurando um dia voltar ao planeta para livrar o seu povo da ocupação e fazer justiça à sua família.


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Poor Caleb. The biography of the former imperial prince must be complemented. He has been told that he is melancholy about cultural changes, however there is a personal tragedy involving his family. Twenty years ago he had his parents, brothers, wife and children killed during a Consortium attack during the attempt to take off the imperial scallofleet.

At the time there was a great civil war involving factions led by the brothers and opponents of Emperor Gideon XI. Gideon XI had been trying to maintain the unity of the Scorpio Solar System that had remained left to him since the end of the war with the Consortium and the signing of the peace treaty, the Treaty of São[1]Paulo, which disintegrated the Scorpio Interstellar Empire. The emperor preferred to hear the priests who claimed the time came for the Scorpio submission to the conqueror's yoke as punishment for the fall. Thirty years later, however, he and his family were threatened by relatives who converted to the Jarielites  or opposed the priests' prognoses and imperial politics.

Caleb was born in 2361, during the process of imperial disintegration and the transformation of the monarchy into a puppet of the Solar Consortium. He grew up being his mother's favorite son, but a distaste for his father for conflicting with the priests, refuting the interpretations of their doomsday arrival. As a boy you can travel, meet and study in other worlds such as Cinder,  Quand,Terra  Brasilis,giving passages through Earth and Mars. He believed he could rebuild the Scorpio economy by exploiting  the gravitonitis reserves in the Scorpio  solar system and making antimatter. He sought allies among the opponents before they turned against the monarchy. Gideon XI upon learning of the son's initiatives decides to prohibit him from continuing with the project. The ban on scorpio sours  had not yet been imposed by the Consortium, so it was possible to transport the fuels used for interstellar flights to sell in other systems. However, the emperor had already decided: "The great Scorpio story is over. It's time to settle the score with the Lord of All Galaxies. He sent the new Accusers." He had his son locked up and executed the leading opponents of the project to rebuild the Scorpio economy. However, as the last great act of a defeated, depressed emperor, he decided to invest one last trip to the planets of the disintegrated empire to behave his subjects. The civil war was beginning.

The Consortium avoided acting for a while, managing to keep its regions protected, but by having its interstellar weapons inspectors barred from energy facilities and scorpio military, members decided it was time to toughen the rules of the peace treaty. Scorpio were banned from independent interstellar flight. Their starships were dismantled or destroyed, however, the imperial ship remained safe and the emperor decided to use it. That day, the Consortium intervened by bombing cities around the world to assist rebels who would install the Republic. The emperor was decolava of the base when his ship天上的戰士 was hailed by the sensors of the ship NAE-(Tiānshàng of  Zhànshì)of the newly promoted to Captain  Ender  Shin. 

Ender Shin  reticentto attack the imperial ship. The situation at the base became critical with the defeat of the Scorpio army allied to the Consortium. It was located in a town next to the capital called  Astrabade  in Portuguese. So the Consortium ship received new orders from its flagship that it could not put itself in position on the base in time. So  Ender  Shin carried out the bombing with New Type warheads. Half the city had been destroyed and the imperial family killed, securing the victory of the Scorpio Republicans.

Caleb was rescued by his allies and preferred to go into exile, vowing one day to return to the planet to rid his people of the occupation and do justice to his family.

 



[1] It was signed in the city of São Paulo



[1] Foi assinado na cidade de São Paulo

domingo, 22 de novembro de 2020

Influência da trágica história do Oriente Médio no século XX em Missão nas Estrelas

 


Scorpiae vive uma situação de ocupação militar tal qual Iraque, Afeganistão se puder fazer um paralelo. O Consórcio Solar cometeu uma segunda grande invasão por acreditar que os escorpianos descumpriam um tratado que os proibia de ter naves com capacidade de voo interestelar mais rápido que a luz. Vou desenvolver esta ideia a partir do segundo volume da revista. Bem, como todo povo subjugado, parcela de sua população parte para a resistência. Aqui o objetivo é aspectos históricos do conflito entre árabes e o Ocidente. Contudo, há a diferença de que os escorpianos aliamianistas não pretendem partir para as estrelas convertendo outros mundos, mas sua contraparte jarielita faz isso.

Como resistir quando há poucos recursos? Que ações de guerrilha são mais eficientes? Quais alvos são mais significativos? Por que não outros? Os árabes usam um conceito polissêmico chamado Jihad para se referir à resistência que dependendo do grupo pode ser pacífico ou agressivo. De fato, há motivações históricas para este comportamento. No início do século XX com a queda do Império Otomano ele foi dividido entre as potências neo-colonialistas/imperialistas europeias. Iraque, Síria, Líbano ainda não eram nações. Interesses econômicos como o petróleo na Árabia Saudita atraíram países ocidentais para construir alianças como a realizada com a família Saud. Os Estados Unidos, por exemplo, procuraram alianças econômicas com grupos islâmicos mais conservadores, nesse caso os Sunitas. Para além, as potências ocidentais ignoraram o problema da divisão do mapa do Oriente Médio e as demandas das populações regionais como as da Palestina. Bem, o mapa do Império Escorpiano também foi dividido. Planetas-Estados ou Sistemas Estelares Estados artificiais foram estabelecidos, gerando novos tensionamentos na galáxia tal qual a opressão de grupos étnicos escorpianos e de outras espécies minoritários.

Os grupos precisam reagir, então os problemas mencionados são retomados. Pensei num texto sobre Oriente Médio que li quando fiz a disciplina no curso de história ao escrever. Inicialmente, pensei na questão do impacto cultural. Muitos movimentos opositores islâmicos ao Ocidente defendem visões que misturam política, governo com a Religião e a eliminação dos costumes liberais considerados pecaminosos, heréticos. São contrários às influências das potências nos assuntos da região. Neste sentido, faço as aproximações com os personagens escorpianos criados como Calebe Kalar, último Príncipe Imperial vivo. Ele faz algo que normalmente estranhava até ler o texto Jihad: Duas interpretações contemporâneas deum conceito polissêmico de Youssef Cherem da Unicamp. O personagem não tem condições de atacar a Terra assim como poucos grupos terroristas islâmicos contra os Estados Unidos. Hoje com a Internet novas formas de conseguir adeptos para ações contra o Ocidente surgiram. Alvos com grande concentração de pessoas como igrejas, mesquitas, aeroportos são escolhidas. Pensando nisso, escrevi a sequência de invasão ao Templo de Alímia na capital escorpiana. Enfim.

Primeiro teaser de Missão nas Estrelas


Apresento um teaser de 40 segundos com as primeiras imagens de Missão nas Estrelas 01 A Ocupação. É possível no futuro ter também uma série animada e filmes de longa metragem. 
 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Trecho do livro "O Encontro Final" para apreciação


Apresentação de O Encontro Final

O livro tem versão impressa e ebook kindle que pode ser acessado por aqui


            Confesso que resisti em republicar O Encontro Final por não ter um bom retorno do público. Escrevi o romance em um caderno durante horas vagas entre uma atividade escolar e outra quando estudava na 8ª. Série, hoje 9°. Ano. De fato, ela continuaria uma série de contos que comecei a escrever um ano antes. Infelizmente, os manuscritos das histórias anteriores foram perdidos, o que me fez reescrever boa parte do livro. Ele foi uma interessante construção fictícia usando minha própria cidade como cenário. Muçum encontra-se na região norte do Estado, há cerca de cento e vinte quilômetros de Porto Alegre. É um município pacato conhecido por suas pontes ferroviárias e paisagens verdes. Contudo, no romance toda tranquilidade é destruída com acontecimentos assustadores. Por que escolhi uma cidade real? Influência da literatura brasileira moderna. Sou fanática por Érico Veríssimo.

            Escrevo no feminino, pois há dois anos assumi-me como mulher transgênero chamada Poliana Gabriela Santim, contudo não quis mudar o pseudônimo de autora, pelo menos para este trabalho, já que ele é antigo e está registrado na Biblioteca Nacional. Enfim, a obra foi escrita em 2004 e publicada em 2011 por conta própria. Na época, queria sentir a experiência de ter um livro lido pelas pessoas. Confesso que muitas se sentiram ofendidas, pois imaginei na situação literária pessoas reais. A Ficção Científica é especulativa por natureza. Ela problematiza de conceitos a personagens em eventos hipotéticos. A temática de invasão extraterrestre é recorrente. Não inventei nada. Por anos, assisti Arquivo X, então colhi algumas referências televisivas para usar no trabalho. Li pouco sobre Física e Astronomia, pois não tinha acesso a livros nem computador com Internet. Comprei o meu primeiro quando adulta em 2008 com o trabalho de auxiliar de produção em um frigorífico da BRF (Brasil Foods). Então, digitei o livro muitas vezes reduzindo minhas horas de sono antes de ir novamente para a empresa.  Em 2011, despediram-me, decidi mandar a obra para impressão, pagando com o dinheiro da rescisão de contrato de trabalho e FGTS e ingressei para a faculdade de história na Univates em Lajeado/RS.

            A obra representa parte de uma vida em que possuía idealização. Criei personagens baseados em pessoas que admirava e estava gostando. Retrato do meu inconsciente? Quem sabe? Hoje busco uma definição para o livro. Primeira experiência? O modo de entender como escrever. Ainda não entendi. Acho mais fácil escrever artigo científico, monografia. Contudo, meus colegas e amigos de curso sempre me disseram para continuar fazendo literatura. Houve vários momentos em que parei de fazê-la por falta de disponibilidade. Posto isto, quero dar ao leitor esta obra com um aviso: “Cuidado com pesadelos.”

        


Capítulo I

           

             Sábado. Amanhecia tranquilamente na pequena cidade de Muçum. Havia pouco movimento nas ruas. Alguns carros trafegavam pela avenida principal, pessoas mateavam em frente de suas casas e saiam para se exercitar. Umas conhecidas encontravam-se durante o passeio e paravam a fim de prosear. A maioria fazia isso, pois em uma vizinhança pequena é costume falar do que um ou outro fez no dia anterior. Assim, surgiam as fofocas.

             A cidade possui duas cadeias de montanhas esverdeadas capazes de transmitir a sensação de estar dentro de um grande buraco, no entanto ela se encontra dentro de um grande vale com um rio que percorre paralelamente a extensão urbana. Sobre ele, na entrada de Muçum, existe uma ponte rodoferroviária que ao cruzá-lo passa a possuir arcos de concreto unidos com a lateral esquerda da usada por automóveis. Do outro lado do rio, há uma estrada de chão, uma favela com seus barracos ambíguos ao barranco fluvial e um longo túnel de trem. Existem apenas duas avenidas principais que se unem após uma virar para a direita, onde se encontra a maioria das lojas de roupas, brinquedos e outros produtos. Pode-se andar a pé para qualquer localidade da zona urbana devido às pequenas distâncias.

             O lugar permaneceu tranquilo, enquanto prosseguiu a alvorada. Na Escola Estadual General Souza Doca, única de Ensino Médio existente no município, faxineiros, professores e membros da administração arrumavam as salas de aula para o retorno às atividades curriculares que aconteceria na Segunda-Feira.  Os primeiros raios solares dispersaram-se pelo pátio e depois atingiram os três prédios de dois andares que constituíam com o ginásio municipal de esportes um retângulo.

             Algumas faxineiras variam a poeira e as folhas das árvores quedadas no pátio. Tinha começado a ventar, no entanto a previsão meteorológica havia indicado tempo ensolarado. Repentinamente, na sala de aula do segundo prédio, Turma-71 no ano anterior, perto da extremidade da cantina e do portão com acesso à escadaria para o setor da administração e dos outros recintos de ensino, aconteceu um rugido semelhante a um trovão. Uma mulher que varia o piso e encontrava-se ambígua ao recinto atingido pelo barulho entrou a fim de verificar o que se passava. O lugar estava congelado. Algo invisível e pequeníssimo absorvia todo o ar do interior da sala e produzia raios para todas as direções. A faxineira apavorou-se. Ela gritou, gritou, gritou, mas ninguém ouviu nada por causa do vendaval.  Mesas e classes eram arremessadas contra as paredes como brinquedos infantis e permaneciam nelas coladas. Quando o fenômeno havia aumentado de intensidade, ele empurrou a porta com tanta intensidade que ela rachou ao bater. Subitamente, o estranho fenômeno terminou e um raio atingiu a faxineira lançando-a contra o piso, enquanto continuava a gritar.

             Do exterior, o último grito de pavor foi ouvido chamando a atenção do Diretor da escola que nesse instante se encontrava em seu gabinete. Ele correu preocupado para a sala da Turma-71, entrou e encontrou várias criaturas disformes que andavam sob duas pernas, possuíam peles cinzentas melequentas, três dedos homólogos longos em suas mãos e pés, cabeças triangulares com uma extensão que constituía uma massa cônica para trás, olhos negros tão volumosos que se assemelhavam a uma lupa, dois orifícios para respirar logo abaixo e bocas pequenas. Elas eram magérrimas e repulsivas.

             Os curiosos que se aproximaram da sala tinham sido dominados. Restava agora aprisionar quem administrava a escola, por isso uma criatura andou contra o Diretor, este saltou apavorado para trás, ela estendeu o seu braço direito desdobrando os seus três dedos magérrimos e a porta fechou-se como se houvesse magnetismo. Então, os estranhos seres agarraram-no, sofreram resistência dele, mas conseguiram deixá-lo inconsciente graças ao toque dos seus dedos homólogos. Depois de concluir a investida, as criaturas assumiram as aparências de cada pessoa aprisionada.