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Missão nas Estrelas Teste

domingo, 30 de dezembro de 2012

As origens de Missão nas Estrelas e sinopse

Em 2002, quando comecei a assistir Guerra nas Estrelas (Star Wars) surgiu o desejo de escrever narrativas que se assemelhassem à saga de George Lucas. Em 2001, escrevi um conto chamado Missão nas Estrelas: O Império Estelar. Decidi continuá-lo, mas com uma cronologia diferente. A segunda estória passaria 120 anos depois dos eventos dessa primeira narrativa e alguns elementos dela foram utilizados. Nessa cronologia, a série Missão nas Estrelas teve mais três episódio e depois escrevi um quarto tratando de alguns acontecimentos na época da primeira narrativa. Este episódio denominado A Ameaça do Horizonte teve suas ilustrações digitalizadas, refeitas e colorizadas. Seu texto foi reescrito e publicado no blog Universo Fantástico e na minha página do Recanto das Letras. O mesmo aconteceu com este episódio. Os desenhos do primeiro conto não foram modificados ainda por haver outros planos a ele.

Agora, 120 anos depois a aventura espacial continua num novo cenário. Ender Shin, o herói da luta contra o Planeta Scorpi e posteriormente contra o Império Zark invasor, retorna para uma nova viagem a bordo de seu primeiro comando: a nave estelar Horizontes que em 2465 salvou os planetas do Sistema Solar da aniquilação total. As coisas mudaram. Ele envelheceu. Há grandes cidades em órbita de seu planeta e a tecnologia evoluiu a um nível impressionante. O objetivo agora é encontrar um planeta legendário antes do impiedoso Império Zark que envia suas naves para atacar a Horizontes. O leitor encontrará aqui talvez semelhanças com duas franquias conhecidas, devido ao estilo da narrativa e das ilustrações: Star Trek e Star Wars. Abaixo duas imagens: a capa para a versão em PDF que será maior e algumas cenas do novo episódio a ser escrito em breve.

 

domingo, 16 de setembro de 2012

Equívoco Fatal



Os radares registraram algo de estranho.
"Detectamos há tempo para análise e intervir caso seja necessário." -Disse o técnico.
"Qual a posição do objeto?"
"Cruzando a órbita de Júpiter e vindo para cá?"
"Droga..."
"Podemos realizar um ataque nuclear depois de ele passar por Marte." -Sugeriu outro.
O General:
"Quero um relatório sobre a natureza desse objeto."
"Tem dez mil quilômetros de diâmetro e
aparenta ser constituído de metais."
"Por Deus, isso é um planeta anã!"
"Que colidirá com a Terra em 24 meses."

Depois de se reunir com o conselho de defesa, dezoito meses se passaram:
"Acompanhando trajetória das sondas."
"Detonação termonuclear em... 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...
"Perdemos contato com a sonda de observação.
"Pulso de PEM registrado e...
"Ainda está lá!" - O General espantou-se.
Dias depois a Terra descobriria que seus governantes haviam cometido o maior equívoco diplomático de toda história da civilização. O planeta amanheceu cercado e impotente pela fúria dos estrangeiros do espaço!

"Senhor, nós não tínhamos como saber que era uma nave adentrando no sistema solar. Nossos radarem só conseguem fazer a identificação após Jupíter e não conseguimos a tempo." -Explicava um oficial subalterno enquanto acompanhava o General pelo longo corredor do Comando Espacial que ligava ao Centro de Estratégia.
"Agora é tarde para lamentações."
"Nossas cidades foram destruídas e estamos ficando cada vez mais vulneráveis. Precisamos montar uma resistência forte e resistir de maneira oposta à estratégia do inimigo."

Por anos, décadas e séculos a guerrilha lutou até cansar os invasores que sem recursos desistiram da conquista.

(De Itacir José Santim, 16/09/2012)

Admirável Mundo Novo: Exemplo de processo de Aprendizagem e Condicionamento Pavloviano





O livro Admirável Mundo Novo escrito em 1932 pelo inglês Aldous Huxley, publicado no Brasil pelo Circulo do Livro, é uma daquelas obras da Ficção Científica que exemplifica, considerando a época quando foi escrito o lado bom e ruim de se ter uma sociedade projetada através do conhecimento da biologia e das teorias comportamentais. É um romance louco, principalmente aos que estão acostumados a fazerem leituras sem demasiadas excentricidades.

Nele, devido às incertezas do período por causa da ascensão de governos totalitários ao poder, a crise econômica e o medo de uma nova guerra mundial, onde possivelmente a Alemanha ou a União Soviética desenvolveriam a primeira bomba atômica, ameaçando a destruição da civilização, o autor imaginou apenas duas possibilidades para o futuro distante: vários governos totalitários usando a ciência para construir mais armas nucleares espalhando o terror global ou constituir apenas um que através do conhecimento projetaria a partir de centros de reprodução humana artificial a nova sociedade. Huxley afirmava que só as descobertas da biologia, fisiologia e psicologia poderiam contribuir para melhorar a qualidade da vida humana. Através delas, os males que atormentam os indivíduos e que surgiram com o desenvolvimento gradual da cultura poderiam ser eliminados através de técnicas do condicionamento pavloviano e operante.

O romance inicia mostrando um laboratório denominado Centro de Incubação e Condicionamento de Londres Central e o lema do Estado Mundial: comunidade, identidade, estabilidade. Isto quer dizer que o governo controla toda a reprodução humana e por mais estranho que possa parecer as mulheres não ficam mais grávidas. Os bebês após a fertilização artificial que permite gerar centenas de indivíduos iguais, praticamente em escala industrial, desenvolvem-se em “úteros artificiais.” As mulheres não aceitam mais procriarem e as famílias compostas de mãe, pai e filho não existem mais. Foi criado o lema bastante “democrático” de que “todos são de todo mundo” e o objetivo do sexo alterou-se para apenas a busca pessoal por satisfação e prazer. A sociedade divide-se em castas, conforme a função que cada indivíduo foi condicionado ainda antes de nascer e durante sua infância no laboratório.
Relacionado às ideias sobre o condicionamento pavloviano, no capítulo II há uma cena em que enfermeiras distribuem numa longa fila vasos com rosas e em outra extremidade de flores de outras espécies. Posteriormente, elas trouxeram livros, distribuíram-os abertos em páginas com gravuras chamativas para crianças e foram pegar uns bebês de oito meses de idade. Eles foram liberados a fim de poderem engatinhar à vontade pela sala e mexerem no que ali estava posto. Engatinharam após um curto momento de quietude às rosas e aos livros abertos. Tocaram nos objetos, despetalando-as e amarrotando as páginas dos livros, enquanto alegravam-se. Quando a alegria, a concentração das crianças nas coisas, atingiu o ápice a enfermeira-chefe baixou uma alavanca fazendo soar com intensidade cada vez maior campainhas de alarma. “As crianças sobressaltaram-se, berraram; suas fisionomias estavam contorcidas pelo terror.” (p. 31) Ela baixou uma segunda alavanca causando maior desespero nelas, pois estavam tomando choques elétricos vindos do chão eletrificado. Depois de parar com essas duas ações, as enfermeiras ofereceram novamente as flores e os livros. “(...) Mas à aproximação das rosas, à simples vista de imagens alegremente coloridas do gatinho, do galo que faz cocoricó e do carneiro que faz bé, bé, as crianças recuaram horrorizadas; seus berros recrudesceram subitamente.” (p.32)

O que aconteceu na cena foi uma associação que as crianças fizeram aos livros e o barulho intenso, as flores e o choque elétrico e após variadas repetições seria concluída. Elas, então, cresceriam com um ódio “instintivo” aos livros e às flores, assim aprenderam a detestar o campo e à literatura. É o condicionamento clássico, o qual consegue reprimir a liberdade individual até certo nível. Aplica-se-o em casa, possivelmente. O livro tem muitos outros exemplos, mas o mais memorável a mim ao aprendizado foi o dessa descrição. Huxley imaginou uma sociedade organizada em castas, onde cada indivíduo seria condicionado a uma tarefa específica durante o seu desenvolvimento e que a estabilidade mundial resultaria do controle de natalidade feito com o auxílio de estatísticas exatas, assim como numa fábrica quando se calcula quanto vai se gastar de matéria-prima para atingir a meta necessária de produção.

Uma dica com outros exemplos é o livro Laranja Mecânica do Anthony Burgess que Hollywood tornou filme.

sábado, 14 de abril de 2012

"O homem faz-se a si próprio"

Esta postagem é uma tentativa de dissertar sobre a evolução da espécie humana em uma aula da Disciplina de Arqueologia e Pré-História no Curso de História. Há uma mistura de Ciência e Filosofia.
Licença Creative Commons
O trabalho "O homem faz-se a si próprio" de Itacir José Santim foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Brasil.


O homem faz-se a si próprio.”
Texto de: Itacir José Santim.
Cliffort Geertz em seu texto Transição para a Humanidade usa a expressão “o homem faz-se a si próprio” ao considerar que o ser humano atual representa o resultado de transformações tanto biológicas como cultural. Para antropólogos e historiadores esse é um fato, cuja discussão não é necessária, porém para aceitá-la o acadêmico precisa, pelo menos por uns instantes, esquecer das influências religiosas, da ideia de Deus como personagem principal explicando todo o processo da “criação”, de questionar o porquê de nossa existência e considerar somente as teorias científicas de como e onde surgiu a espécie humana. Assim, a expressão torna-se aceitável para se referir ao modo que o ser humano começou a produzir cultura e à formação de sua constituição física e biológica atuais.
O texto, discutido na aula passada, afirma que a capacidade de o ser humano comunicar-se, de produzir símbolos e dar significado aconteceu durante um processo demorado de transformações, cujo resultado foram várias mutações genéticas, adaptações como o aumento da massa cerebral em forma de “empilhamento”, a presença do dedo polegar que permite a ele fazer movimentos em pinça e a visão estereoscópica. Em Biologia, denomina-se isso de seleção natural, pela qual sobrevive num dado hábitat aqueles que nasceram adaptados a ele. Nesse contexto, imaginando o passado distante, por exemplo, numa selva escura, os primatas com olhos frontais e uma visão tridimensional graças à sobreposição do campo visual garantiram a sobrevivência deles. O aumento do número variado de estímulos que os hominídeos receberam devido aos seus aspectos físicos gerou a necessidade de uma reorganização do sistema neural para passar a colher e armazenar mais informações, aumentando, consequentemente, a massa cerebral. Novas camadas foram adicionadas sobre a primordial a fim de que surgisse no cérebro novas áreas sensoriais, de armazenamentos temporários e permanentes e de raciocínio intuitivo e lógico. Instintivamente, os hominídeos aprenderam a usar toda capacidade cerebral conforme suas experiências cotidianas. Ao passar dezenas de milhares de anos, o que tinha melhores condições de sobrevivência passou a ter uma maior capacidade de intuição, diferenciou-se do grupo, tornou-se individualista, criou as noções de propriedade primitiva, os primeiros aspectos culturais e os regramentos iniciais de sociedade e passou a dominar os menos favorecidos. Nota-se aqui o quão difícil é argumentar sem depender da filosofia.
Quando o ser humano tornou-se comunicativo e a se comportar segundo os padrões sociais, ele se tornou dependente, além da natureza de si mesmo e de seus semelhantes, pois no novo tipo de vida já não se podia mais viver como os outros animais. Vagarosamente, sua força física, agilidade na floresta e a intensidade de seu instinto natural diminuíram, pois não tinha mais muita necessidade, já que prevaleceram as conveniências sociais. Jean-Jacques Rousseau cita isso em seu ensaio A Origem da Desigualdade entre os Homens. É impossível não relacionar seu trabalho com a evolução, embora ambas as teorias tenham sido elaboradas em contextos históricos distintos. Ainda sobre a evolução cerebral, causa para o surgimento da cultura, não se pode deixar sem destacar que atualmente constatou-se que o tamanho do cérebro é reduzido, segundo a densidade populacional, pois os indivíduos em sociedades não dependem de uma inteligência maior para sobreviver, tendo ajuda dos outros membros. Mais uma vez, o comportamento influenciando e a expressão “o homem faz-se a si mesmo” continua valendo.
Referências:
Texto: Transição para a Humanidade de Clifford Geertz
Estudo: redução do cérebro humano é sinal evolutivo

EVOLUÇÃO HUMANA:
Levin,R. Evolução Humana. S. Paulo, Ateneu Editora, 1999, 526 pp.
MacAndrew, A. FOXP2 and the Evolution of Language.
http://www.evolutionpages.com/index.htm
Neves, W. A. E no princípio... era o macaco!Estudos avançados 20 (58), 2006
Arquivo em PDF baixado de:
Livro: A Origem da Desigualdade entre os Homens; Rousseau, Jean-Jacques; Editora Escala
Livro: Biologia em Foco; Carvalho, Wanderlei, Editora FTD







segunda-feira, 9 de abril de 2012

E se há dez mil anos tivéssimos sido visitados?




Este texto é o prologo de um livro que por ora eu cancelei
Criado em: 08/10/2009

A Grande Floresta das Sombras. Um ambiente gelado, repleto de árvores tão altas e com copas volumosas que impediam a passagem da luz solar para a superfície, perturbada por espíritos que buscam o eterno descanso, contendo assustadores monstros e mistérios capazes a coragem dos maiores guerreiros das tribos da região. Dentro desse lugar, correndo já ferido, com a pele de seus membros rasgada, o caçador fatigado perseguia a sua presa. Ele precisava matá-la, conseguir carne e impedir que o povo de sua aldeia passasse fome, além de conquistar o seu lugar de valor e a esposa desejada. Fazia muitas luas desde o prélio de sua caçada.
Construiu armadilhas, farejou o rastro de um monstro perigoso que garantiria alimento, óleo para uma fogueira e um grosso agasalho a fim de resistir aos dias gelados, e iniciou um difícil combate. Infelizmente, a besta fera tinha o vencido de dia com suas garras afiadas, mas naquela noite, a última de lua cheia, o duelo final aconteceria e escolheria o guerreiro mais forte.
O caçador tinha adentrado muito na floresta. Ninguém havia ousado ir para onde a escuridão impera, exceto ele, um homem desesperado, já se sentindo perdido, desorientado e faminto. A besta nesse instante se encontrava distante se não estivesse faminta, pois sendo assim ela o esperaria para atacá-lo, estripá-lo e comê-lo ainda vivo.
O caçador empunhando a sua lança com a mão direita, carregando o arco e as flechas a tiracolo tentava desviar dos troncos de árvores, batia neles, caía no meio de espinhos, erguia-se e voltava a correr. Ele precisava escapar da escuridão, pois sentia que os estranhos moradores da floresta procuravam-no sedentos de sangue. Virava-se para todas as direções, ouvia os rugidos dos monstros e corria velozmente até que uma pequena abertura alumiada devido ao brilho da lua cheia surgiu. Sentia que não conseguiria alcançar o objetivo. Parecia que a distância não diminuía, quando sua visão diminuiu, o caçador tropeçou em um amontoado de pedras ocultadas sobre a relva.
Instantes depois, ele se ergueu e descobriu estar no meio de uma grande clareira, um circulo perfeito dentro da floresta que perturbava a paz humana. Então, sentindo-se seguro olhou para o alto a fim de se localizar pelas fogueiras das tribos celestes e teve medo. Não era a lua que iluminava fortemente a superfície, mas um clarão vermelho intenso vindo do céu de parte do lado direito da clareira. O que era aquilo? A floresta em chamas? Mas, cadê a fumaça do incêndio e por que os animais estavam quietos?
O caçador nada entendeu. Ele se agachou na relva temendo aquele clarão que se intensificava e consigo vinha um vendaval. Surgiu repentinamente uma esfera de fogo que cegava quem observava. O ruído desse novo monstro lembrava a um trovão e continuava ininterruptamente. Toda a clareira refletiu a intensa nesse instante.
O caçador permaneceu escondido e apavorado com a visão de um objeto gigantesco repleto de pequenas chamas sitas a distâncias concêntricas de um circulo flamejante central. Ele não compreendeu o formato geométrico do objeto. Um polígono oblongo de seis lados, com as extremidades maiores que as laterais e de revestimento externo escuro. Um feixe luminoso de seu centro atingiu a superfície amassando a relva.
O caçador ergueu-se subitamente aturdido e pôs a correr de volta para dentro da floreta sem pensar em qual direção havia seguido. Ele tinha visto algo proibido por suas crenças, fabuloso e inacreditável: os deuses visitando seu mundo.























segunda-feira, 2 de abril de 2012

Parte do Capítulo L de O Encontro Final

Capítulo L (Pág. 105)

       (...)
No acampamento, o comandante fazia um gesto de puro amor pelo Estado do Rio Grande do Sul que sentiu sobre seus pagos a marcha de grandes exércitos e viu homens valentes lutando em nome de ideais como liberdade, democracia e igualdade. Era algo simples, mas muito simbólico para quem sempre viveu nessas terras e lutou várias batalhas por elas. João passou uma cuia de mate amargo para um soldado de aparência bem cansada que tentava se aquecer próximo do fogo de chão que aquentava a água de uma chaleira encarvoada. Ali, acontecia como em muitos lugares desse rico chão a ‘roda de chimarrão’, enquanto todos os militares esperavam as carnes espetadas em bambus fincados no chão ao redor da fogueira terminarem de assar. O calor fazia a água borbulhar e a gordura do churrasco despencar queimando a grama verde do campo de futebol.
O mate amargo ajudava a aquecer os corpos cansados de quem tentava combater uma forma maligna cuja aparência poderia ser de qualquer individuo e também ele aproximava as pessoas que proseavam acerca de suas vidas como se todo mundo ali presente conhecesse-se fazia muito tempo. O chimarrão dispensado de um exame científico para provar o seu efeito psicológico sobre as relações humanas e passado de mão em mão causava o nascimento de novas amizades, além de conseguir aprofundar as antigas. Dessa maneira, o grupo permanecia unido e estabilizado em mais uma noite tranquila que o inimigo de outro mundo poderia perturbar, mas os soldados não se aturdiriam, pois eles levantariam suas espadas e seus escudos para a grande batalha.
Sentir o sabor amargo e suave de um mate quente cevado com a erva mais pura que existe na companhia dos melhores amigos tornou-se uma maneira de manter vivos os antigos ideais que os primeiros gaúchos começaram a cultivar e de lutar para a sobrevivência de uma cultura enraizada por este chão e cuja influência estrangeira tenta destruir. Cada cuia passada a uma nova pessoa traz de volta lembranças de épocas antigas, onde o mal imperava e a ousadia de muita gente corajosa tentava trazer o bem de volta a quem sofria por causa da dominação dos mais poderosos. Ela relembra com honra os indivíduos valorosos que o tempo extinguiu.
(...)

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A montagem abaixo que eu fiz poderia ter se tornado capa de "O Encontro Final"


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Missão nas Estrelas: Império Estelar 2 - A Ameaça do Horizonte


Licença Creative Commons
O trabalho Missão nas Estrelas: Império Estelar 2 - A Ameaça do Horizonte de Itacir José Santim foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Brasil.
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  Conheçam a primeira parte desta aventura:
Missão nas Estrelas: Império Estelar
Missão nas Estrelas: O Império Estelar 2
A Ameaça do Horizonte

I
  Depois em que o campo eletromagnético foi desativado, uma missão foi enviada para as estrelas com o objetivo de explorar o universo. Todavia, os tripulantes da espaçonave não imaginavam que eles encontrariam uma nova ameaça que viria distante do horizonte cósmico conhecido.

Ano: 2465. Cindo meses depois. 

  -Capitão Hank, seu governo disse que nossa missão deveria ser no máximo de cinco meses. -Comentou o Sr. Ender Shin no hangar da nave estelar quandiana.
  -Sim, mas nós não temos naves que possam saltar a fim de nos levar rapidamente para casa. Demoraria meses para alcançar o oitavo planeta do Sistema. -Respondeu o Capitão Hank com um tom de descontentamento por causa da dependência de sua equipe dos oficiais da nave quandiana. 
 -Não se preocupem. -Interrompeu o Capitão quandiano. -Agora, vocês possuem uma nave.
  -Vai nos emprestar uma? -Perguntou o Sr. Ender Shin.
  -Enviarei dois dos meus oficiais para escoltá-los até a nave que os conduzirão para o Sistema.
  -Excelente! -Exlamou o Senhor Ender Shin.
  -A nave que os transportará é semelhante a esta.
   O Capitão Hank agradeceu a gentileza do quandi-ano.
  De repente. Uma sequência de estrondos! Tremores por toda a nave e explosões!
  -Brrrrrr! Tchiumm! Tchiumm Bum! Bum! Aah!
  -Mas, o que está acontecendo? -Perguntou liberando toda a tensão de seu corpo o Capitão da nave ao entrar na ponte de comando.
 -Estamos sendo atingidos por disparos de cargas nucleares. -Respondeu o oficial de ciências Troiã Kalar. Um descendente de imigrantes escorpianos que haviam se instalado na colônia recentemente descoberta no Planeta Derlans e posteriormente mudado para o Planeta Quand, onde ao completar a maioridade juntou-se à Armada. Ele é também amigo de infância do Sr. Shin.
 -Quero identificação da nave atacante!
 -Impossível por ora! Eu só estou captando suas ondas distorcidas de energia.
 -É porque ela se ocultou. -Disse o Capitão Hank.
 -Então, Sr. Kalar calibre os sensores e vamos rastrear toda a região.
 -E se ela saltasse na velocidade da luz? -Pensou alto o Sr. Shin.
 -Nós a veríamos por uns poucos instantes. -Respondeu pensativo o Capitão Quandiano.
  A nave atacante reapareceu. Disparou mais três vezes danificando o costado de bombordo do veículo quandiano, fazendo várias vítimas mortais e deixando-o inerte. Depois, ela saltou. Para onde? Informação não disponível.


Capítulo II
Órbita de Iscorpi
  Cinco meses depois do fim da guerra contra os escorpianos e arienianos, o planeta iniciou uma nova fase, mas que duraria pouquíssimo tempo. Uma das bases de vigilância, instaladas durante a época da primeira guerra interplanetária contra Quand no século XXIII, descobriu uma enorme onda de energia vindo contra a lua principal do planeta. O satélite natural possuía muita atividade vulcânica de onde os escorpianos extraíam energia geotérmica e minerais. O impacto da onda causou tremores tão fortes que o fez explodir em trilhões de pequenos pedaços de rocha.
  A grande explosão pode ser sentida por todo o planeta e a luminosidade dela conseguiu chegar até o Planeta Quand. Os sismógrafos derlanianos monitoraram as oscilações desse acontecimento por quatro horas. Algo muito incomum devido às distâncias interplanetárias.
  A grande nuvem de poeira cobriu o planeta. Para os habitantes, o céu escureceu repentinamente. Pareceu o fim! Os pedaços de rochas que outrora compuseram a Quarta Lua escorpiana começaram a colidir com o planeta. A população apavorou-se. 
  Nas cidades, os pedaços da lua caíam sobre os prédios. O governo da nova União Planetária declara emergência. Abalado pela quebra da Barreira Eletromagnética causada durante o recente conflito com seus vizinhos Quand e Derlans, ele decidiu iniciar as árduas negociações de paz. Seus adversários, os membros da nova aliança interplanetária do Sistema, demonstravam disposição a aceitar. Ou isso, ou a extinção da civilização escorpiana.

Sede da Liga, Planeta Quand
  -Aliados da nova Liga Interestelar de Quand, nós estamos aqui reunidos para decidir imediatamente o destino do Planeta Iscorpi. Há cerca de meio dia atrás sensores e sismógrafos uma grande onda cósmica que colidiu contra a Lua escorpiana principal que foi destruída. -Principiou o Imperador quandiano Aurélio XII. -O governo escorpiano parece estar disposto a selar o acordo de paz.
  -Não posso acreditar. -Respondeu o Imperador derlaniano Marc.
 -Imperador Marc, assumi este dever após a morte de nosso aclamado líder imperial Ehover III, mas como General e estrategista tenho a sabedoria e o conhecimento necessários para saber o momento em que os escorpianos mentem. Digo, portanto, que este é o momento de nós confiarmos neles.
 -Um ato de misericódia Imperador Aurélio XII?
 -Sim, considere-o sim.
  Enquanto isso nas telas instaladas sobre a banca-da, imagens do grande evento cataclísmico que atingiu o planeta adversário eram mostradas aos membros do conselho. Todos se sentiam assombrados. As evidências apontavam para uma possível falha de segurança de um dos reatores da usina de fusão nuclear instalada no subsolo do satélite. O campo de confinamento desligou-se causando a expansão descontrolada do núcleo e, por conseguinte, a explosão lunar.

  III - (Espaço da nebulosa Aurora XII)
  Depois que o Capitão Ian Titovsk ordenou o rastreamento de toda a região em que a nave encontrava-se, o Senhor Troiã Kalar saiu rapidamente de sua estação na ponte de comando e dirigiu-se para a Engenharia. Além de um excelente cientista, o oficial era também um ótimo engenheiro. Preocupado, o Senhor Shin decidiu encontrá-lo na entrada daquele convés.
 -Problemas Sr. Shin? -Perguntou Troiã.
 -Eu estranhei a sua presença aqui, pois o Senhor  dificilmente visita a Sala de Máquinas, ademais o Capitão Titovsk ordenou que permanecêssemos na ponte para concluir o rastreamento dessa região.
 -Precisei ver como estava a situação aqui.
 -O Senhor não é necessário na Engenharia.
 -Volte para a ponte Oficial. -Ordenou o Sr. Kalar com um tom de voz acentuado.
 -Entendido, Sr. -Respondeu cabisbaixo o Sr. Shin, pois Troiã era o oficial mais graduado, portanto seu superior.
  Depois desse fato, uma comunicação ilegal or-iginada da sala de computadores da Engenharia foi descoberta. Isso fez soar o alarme de segurança. A tripulação punha-se em alerta contra um possível sabotador.
 -Imediato, envie forças de segurança para a sala de computadores da engenharia. -Ordenou o Capitão. -Temos um intruso ou um espião.
 -Entendido. Segurança para a Engenharia. -Ordenou o Imediato pelo intercomunicador.
  Quando a equipe de segurança abriu a porta da sala de computadores situada aos fundos da Engenharia, os oficiais perceberam apenas uma facho de luz azul se formando ao redor de um indivíduo. Era um raio de teleporte. O espião ou intruso havia conseguido fugir sem deixar evidências do quanto a segurança da nave e as informações acerca da missão tinham sido comprometidas.
  -Capitão, quem fosse o espião conseguiu escapar.
  -Entendido Imediato. Diga a equipe de segurança para retornar.
 -Capitão Titovsk, o Sr notou que o Senhor Kalar deixou a ponte e não voltou até o momento? -Perquiriu o Cap. Hank.
 -Ele foi para a Engenharia. -Interrompeu a conversa o Sr. Shin.
 -Ele descumpriu minhas ordens!
  A sombria imagem do Sr. Kalar como um espião passou pela cabeça verde do Capitão quandiano. Lastimável!
  -O Sr. Kalar era o espião... e nós fomos enganados.
  -Sensores registrando ondas eletromagnéticas que correspondem ao facho visto na sala de computadores da Engenharia. -Informou o Sr. Shin.
 -Não pode ser! Intrusos! A nave camuflada! Alertem a segurança, soar alarme de intruso e abrir todos os canais de comunicação.
 -Gim! -A porta de acesso ao comando abriu e uma estranho pronunciou-se:
 -Não vai ser necessário Capitão, pois estou aqui para parlamentar.

 -Quem é você? -Perguntou tenso o Capitão Titovsk.
 -Sou o Comandante Slarc da Terceira Esquadra Imperial do Planeta Zark distante duzentos anos-luz do seu Sistema e localizado no Espaço Arieniano.
 -Eu sou o Capitão Ian Titovsk.
  O que os oficiais e passageiros da nave não sabiam é que Zark representava um grande império estelar em ascendência que havia escravizado inicialmente a civilização arieniana, considerada aliada do governo escorpiano que ajudou os membros dela a escapar após o começo de uma revolta interplanetária. Os imigrantes arienianos instalaram-se sigilosamente no Planeta dos Escorpianos e começou a ajudá-los a desenvolver tecnologias melhores para dominar os sete mundos habitados do Sistema Solar. No entanto, tais tentativas só geraram más consequências.
  De repente, Slarc tira uma arma portátil de debaixo da manga direita de sua túnica e dispara um raio azul que atinge o Capitão Titovsk.
  -Tchiumm!
  -Ele matou o Capitão Titovsk! -Exclamou o Sr. Shin.
    O Imediato tentou detê-lo e foi morto também.
  -Prendam-no! -Bradou o Capitão Hank que no mesmo instante é atingido letalmente. Ele caiu de borco. Seu peito tinha um grande buraco.
    Slarc foge teleportando-se: -illl!
  -Estou assumindo o comando temporariamente. -Informou o Sr. Shin que como navegador tinha o terceiro posto mais alto segundo a hierarquia da nova aliança. -Toda a tripulação para seus postos de combate. -Ele, então,  dirigiu-se ao novo navegador também derlaniano: - Sr. Thirty, alinhar nave para saltar ao nosso Sistema Solar.
   -Entendido, Comandante.

IV

  O trânsito na órbita do Planeta Quand aparentem-ente estava tranquilo. Não parecia que na superfície fervilhavam as discussões durante a conferência interplanetária da nova aliança. Por rádio, a vigilância orbital controlava o movimento das espaçonaves.
 -Aqui é o Cargueiro Antares solicitando permissão para iniciar aproximação final. -Chamava o Capitão de uma espaçonave derlaniana.
 -Antares tem permissão para iniciar a aproximação final e estabelecer órbita para desembarque. -Respondia o controle.
  Sim. Tudo tranquilo no planeta azul que não esperava pelas más notícias trazidas por uma de suas novas naves da frota espacial.
    
Sede da Liga (Superfície de Quand)
  Após chegar ao Planeta Quand, o Sr. Ender Shin dirigiu-se rapidamente para a sede da nova aliança. Após se acomodar na bancada principal da assembleia, logo de manhã, o imperador derlaniano, líder da reunião do dia, deu-lhe boas vindas:
 -Oficial Ender W Shin, em nome de todos de nossa nação, seja bem vindo de volta.
 -Eu agradeço a Vossa Majestade Imperial, mas o que me traz aqui é uma descoberta nada boa.
 -Prossiga Oficial.
 -A nave Estrela Primeira continha um espião a bordo que passou informações sigilosas para um oficial estrangeiro de um planeta chamado Zark sito no espaço arieniano. Este mesmo alienígena invadiu a nave, assassinou o Capitão Ian Titovsk, seu Imediato e o Capitão Hank.
   Os membros da assembleia pareceram horroriza-dos. Eles balbuciaram palavras de espanto, indignação e terror entre si. Uns não queriam aceitar o fato.
  -Aparentemente, suas naves possuem algum tipo de tecnologia de ocultamento que facilita a aproximação durante situações de combate. -Continuou o Sr. Ender Shin.
  -O ocultamento dificulta as manobras de orientação. -Interrompeu cético o Imperador Aurélio XII.
 -Hum... o ocultamento provavelmente é utilizado após definir as trajetórias que autonomamente a nave deverá seguir, Vossa...
  -Majestade Imperial Aurélio XII. -Interrompeu.

Proximidades de Scorpi
   Um cargueiro que se deslocava em impulso para o Planeta Cinder, o sexto do sistema, encontrava-se em chamas após ter grande parte de seu casco inferior destruído. Ele era um dos maiores transportes interplanetários. Tinha sofrido o ataque de uma das naves da esquadra do Planeta Zark que se dirigiam a Scorpi para conquistar os aliados dos arienianos.
   O governo escorpiano precisava concluir as negociações de paz imediatamente para poder conter a invasão. Os mundos Quand e Derlans não haviam descoberto a frota invasora até Scorp descobri-la por sua grade de vigilância espacial. Eles, então, começaram a reorganizar suas defesas a fim de conter a invasão.
    O governo provisório escorpiano tentava organizar o novo sistema de administração conhecido como República Unificada fazia cinco meses, mas era muito fraco para resistir ao controle de estrangeiros.
  A vigilância espacial descobriu a frota desconheci-da próximo ao planeta. Os oficiais sabiam que aquilo só dizia uma coisa: invasão! Alertas planetários foram dados provocando muito pânico entre a população civil, ainda mais que não existia tempo para uma evacuação segura com espaçonaves.
   O governo provisório colocou em alerta todas as bases militares da superfície e das cincos luas restantes, ordenou a ocupação das cidades e o lançamento de interceptores de combate G-5 Guardiões para tentar parar a esquadra invasora.
  As pequenaas naves invasoras chegaram dispa-rando seus raios mortais contra a superfície planetária, enquanto as maiores estabeleciam um cerco orbital. Após vários disparos dos caças e de uma nave quandiana, o primeiro veiculo inimigo foi destruído.


V - Governo provisório pede ajuda.
  Depois que o imperador escorpiano havia sido pr-eso, enviado para a colônia penal endroniana na Segunda Lua e a Monarquia Imperial desfeita, o povo do planeta saiu às ruas a fim de exigir um governo democrático e que tivesse a participação popular. Um Presidente temporário foi eleito por seis meses quando aconteceria a eleição definitiva.
  O Presidente temporário havia conseguido sair de Scorpi em segurança, deslocou-se para Quand e solicitou ajuda aos membros da nova aliança que ainda discutiam como se processariam as relações diplomáticas futuras com os escorpianos. A descoberta de uma nova ameaça estrangeira ainda era digerida.
  Os derlanianos, quandianos e cinderianos presen-tes na conferência demoraram para decidir a resposta mais adequada a quem eles consideravam um recente ex-inimigo. Numa nova reunião secreta, eles decidiram apoiar a contrainvasão e por segurança transferir a sede da Aliança Interplanetária dos Sete Planetas para um mundo no interior do sistema. O planeta Derlans foi escolhido por parecer menos desenvolvido e ter construído em segredo sua primeira nave capaz de executar o salto interestelar e que seria usada para a defesa da comunidade interplanetária.

Órbita derlaniana
  O trânsito na órbita derlaniana e nas proximidades do porto orbital estava sendo desviado para a uma nova trajetória nas proximidades ionosféricas do planeta a fim de dar espaço de manobras. Enquanto isso, a nova nave estelar desatracava da plataforma usada para sua construção durante dois anos e seu comandante dirigia-se a ela usando um pequeno transporte quase triangular.
  Ender Shin que sempre sonhara com aventuras fora de sua pequena e entediante vila agora teria a missão de defender a civilização. Ele se mantinha tranquilo, pois tinha treinado para expedições interestelares, possuía experiência com o espaço desconhecido e a sabedoria de um velho Capitão para lidar com uma tripulação novata e acontecimentos imprevistos. Mais uma vez, fazia parte da História de seu povo como um agente modificador.

-Gim! -A escotilha da câmara de vácuo abriu-se. A bordo, dois oficiais esperavam a chegada do Capitão.
-Capitão Ender Shin, suponho? -Perguntou o oficial de verde.
-Sim, recentemente promovido e transferido da nave quandiana Estrela Primeira para esta. Meu acompanhante é o Imediato Sr. Thirty.
  O oficial de verde conduziu-os até o local  onde o  Engenheiro encontrava-se monitorando o carregamento de plasma em um dos dois reatores e deixou-os.
 -É um prazer em conhecê-lo, Capitão Shin. -Disse estendo a mão. -Sou Alan Tetra, Oficial Chefe da Engenharia da nave Horizonte.
    -O prazer é meu Sr. Tetra e gostaria que conhecesse meu Imediato Sr. Thirty.
-Claro. -Respondeu sorridente o Sr. Tetra.
-Eu percebo a pouca presença de tripulantes por aqui. A maioria ainda não embarcou ou...?
-Como nossas ordens são apenas para executar uma manobra de treinamento para compreender as condições de propulsão e estruturais da nave, o comando não ordenou o embarque de todos. Estou usando a maioria dos oficiais para monitorar o carregamento e o confinamento de plasma nos reatores.
-Creio que o Senhor não foi informado sobre as novas ordens.
-Sobre o quê, Senhor?
-Estamos sendo enviados para tolher a invasão do sistema que começou por Scorpi.
  O Engenheiro ficou circunspecto.
-Esta nave não está pronta. Desconhecemos se o Salto funcionará como nas previsões. Temos os testes para terminar.
-Termine-os no espaço, pois já estamos indo para Scorpi e acredito que nosso mundo poderá chamar alguma atenção agora.
-Entendido, Senhor. Sei que a situação está difícil, portanto nós faremos o melhor. Agora, se me der licensa.
-Claro. -Respondeu o Sr. Tetra deixando o Capitão e o Imadiato sozinhos e livres para ir ao comando.
  A tripulação da nave surpreendida pelos invasores do Planeta Zark. Os caças que a acompanhavam seguiram rapidamente para um combate ferrenho. Nesse instante, um novo alerta foi enviado para todo o Sistema Solar.
  A Horizonte usou todas as suas armas para defender o Planeta Derlans e abrir caminho para Scorpi. Naves em chamas, explodindo, pedaços de casco e de módulos de fuga formavam o rastro de onde ela havia passado. Sua força evitaria a conclusão da invasão, mas o conflito que se iniciava só terminaria daqui cinquenta anos.
  Os anos de 2464 e seus sucessores, conforme o calendário planetário derlaniano ficaram conhecidos como o “período negro da História da comunidade interplanetária da Aliança dos Sete Planetas.”

  Texto original escrito em: 24 de novembro de 2002
 
  Prepare-se para um salto no futuro:
  Próxima aventura no ano de 2585.      

Disponível para download em PDF:
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/3483518
     
     
   
 




    

     


     
  





   

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Trecho do livro "O Encontro Final" para apreciação


Apresentação de O Encontro Final

O livro tem versão impressa e ebook kindle que pode ser acessado por aqui


            Confesso que resisti em republicar O Encontro Final por não ter um bom retorno do público. Escrevi o romance em um caderno durante horas vagas entre uma atividade escolar e outra quando estudava na 8ª. Série, hoje 9°. Ano. De fato, ela continuaria uma série de contos que comecei a escrever um ano antes. Infelizmente, os manuscritos das histórias anteriores foram perdidos, o que me fez reescrever boa parte do livro. Ele foi uma interessante construção fictícia usando minha própria cidade como cenário. Muçum encontra-se na região norte do Estado, há cerca de cento e vinte quilômetros de Porto Alegre. É um município pacato conhecido por suas pontes ferroviárias e paisagens verdes. Contudo, no romance toda tranquilidade é destruída com acontecimentos assustadores. Por que escolhi uma cidade real? Influência da literatura brasileira moderna. Sou fanática por Érico Veríssimo.

            Escrevo no feminino, pois há dois anos assumi-me como mulher transgênero chamada Poliana Gabriela Santim, contudo não quis mudar o pseudônimo de autora, pelo menos para este trabalho, já que ele é antigo e está registrado na Biblioteca Nacional. Enfim, a obra foi escrita em 2004 e publicada em 2011 por conta própria. Na época, queria sentir a experiência de ter um livro lido pelas pessoas. Confesso que muitas se sentiram ofendidas, pois imaginei na situação literária pessoas reais. A Ficção Científica é especulativa por natureza. Ela problematiza de conceitos a personagens em eventos hipotéticos. A temática de invasão extraterrestre é recorrente. Não inventei nada. Por anos, assisti Arquivo X, então colhi algumas referências televisivas para usar no trabalho. Li pouco sobre Física e Astronomia, pois não tinha acesso a livros nem computador com Internet. Comprei o meu primeiro quando adulta em 2008 com o trabalho de auxiliar de produção em um frigorífico da BRF (Brasil Foods). Então, digitei o livro muitas vezes reduzindo minhas horas de sono antes de ir novamente para a empresa.  Em 2011, despediram-me, decidi mandar a obra para impressão, pagando com o dinheiro da rescisão de contrato de trabalho e FGTS e ingressei para a faculdade de história na Univates em Lajeado/RS.

            A obra representa parte de uma vida em que possuía idealização. Criei personagens baseados em pessoas que admirava e estava gostando. Retrato do meu inconsciente? Quem sabe? Hoje busco uma definição para o livro. Primeira experiência? O modo de entender como escrever. Ainda não entendi. Acho mais fácil escrever artigo científico, monografia. Contudo, meus colegas e amigos de curso sempre me disseram para continuar fazendo literatura. Houve vários momentos em que parei de fazê-la por falta de disponibilidade. Posto isto, quero dar ao leitor esta obra com um aviso: “Cuidado com pesadelos.”

        


Capítulo I

           

             Sábado. Amanhecia tranquilamente na pequena cidade de Muçum. Havia pouco movimento nas ruas. Alguns carros trafegavam pela avenida principal, pessoas mateavam em frente de suas casas e saiam para se exercitar. Umas conhecidas encontravam-se durante o passeio e paravam a fim de prosear. A maioria fazia isso, pois em uma vizinhança pequena é costume falar do que um ou outro fez no dia anterior. Assim, surgiam as fofocas.

             A cidade possui duas cadeias de montanhas esverdeadas capazes de transmitir a sensação de estar dentro de um grande buraco, no entanto ela se encontra dentro de um grande vale com um rio que percorre paralelamente a extensão urbana. Sobre ele, na entrada de Muçum, existe uma ponte rodoferroviária que ao cruzá-lo passa a possuir arcos de concreto unidos com a lateral esquerda da usada por automóveis. Do outro lado do rio, há uma estrada de chão, uma favela com seus barracos ambíguos ao barranco fluvial e um longo túnel de trem. Existem apenas duas avenidas principais que se unem após uma virar para a direita, onde se encontra a maioria das lojas de roupas, brinquedos e outros produtos. Pode-se andar a pé para qualquer localidade da zona urbana devido às pequenas distâncias.

             O lugar permaneceu tranquilo, enquanto prosseguiu a alvorada. Na Escola Estadual General Souza Doca, única de Ensino Médio existente no município, faxineiros, professores e membros da administração arrumavam as salas de aula para o retorno às atividades curriculares que aconteceria na Segunda-Feira.  Os primeiros raios solares dispersaram-se pelo pátio e depois atingiram os três prédios de dois andares que constituíam com o ginásio municipal de esportes um retângulo.

             Algumas faxineiras variam a poeira e as folhas das árvores quedadas no pátio. Tinha começado a ventar, no entanto a previsão meteorológica havia indicado tempo ensolarado. Repentinamente, na sala de aula do segundo prédio, Turma-71 no ano anterior, perto da extremidade da cantina e do portão com acesso à escadaria para o setor da administração e dos outros recintos de ensino, aconteceu um rugido semelhante a um trovão. Uma mulher que varia o piso e encontrava-se ambígua ao recinto atingido pelo barulho entrou a fim de verificar o que se passava. O lugar estava congelado. Algo invisível e pequeníssimo absorvia todo o ar do interior da sala e produzia raios para todas as direções. A faxineira apavorou-se. Ela gritou, gritou, gritou, mas ninguém ouviu nada por causa do vendaval.  Mesas e classes eram arremessadas contra as paredes como brinquedos infantis e permaneciam nelas coladas. Quando o fenômeno havia aumentado de intensidade, ele empurrou a porta com tanta intensidade que ela rachou ao bater. Subitamente, o estranho fenômeno terminou e um raio atingiu a faxineira lançando-a contra o piso, enquanto continuava a gritar.

             Do exterior, o último grito de pavor foi ouvido chamando a atenção do Diretor da escola que nesse instante se encontrava em seu gabinete. Ele correu preocupado para a sala da Turma-71, entrou e encontrou várias criaturas disformes que andavam sob duas pernas, possuíam peles cinzentas melequentas, três dedos homólogos longos em suas mãos e pés, cabeças triangulares com uma extensão que constituía uma massa cônica para trás, olhos negros tão volumosos que se assemelhavam a uma lupa, dois orifícios para respirar logo abaixo e bocas pequenas. Elas eram magérrimas e repulsivas.

             Os curiosos que se aproximaram da sala tinham sido dominados. Restava agora aprisionar quem administrava a escola, por isso uma criatura andou contra o Diretor, este saltou apavorado para trás, ela estendeu o seu braço direito desdobrando os seus três dedos magérrimos e a porta fechou-se como se houvesse magnetismo. Então, os estranhos seres agarraram-no, sofreram resistência dele, mas conseguiram deixá-lo inconsciente graças ao toque dos seus dedos homólogos. Depois de concluir a investida, as criaturas assumiram as aparências de cada pessoa aprisionada.


domingo, 29 de janeiro de 2012

Em breve a continuação de Missão nas Estrelas: O Império Estelar (atualização)

Depois do fim do isolamento. O Sistema Solar sofre a invasão.
Ameaça do Horizonte escrito em 24/11/2002


Trabalhando com ilustrações para a continuação de Missão nas Estrelas no blog Universo Fantástico. "Após derrubar o campo eletromagnético, os aliados escorpianos resolvem invadir o sistema começando pelo planeta Iscorpi. Ender Shin, em missão a bordo de uma nave quandiana, precisa retornar rapidamente para seu planeta e informar a Liga Interestelar sobre a nova ameaça."

As ilustrações em preto e branco feitas a lápis estão sendo colorizadas no computador. Novidades em breve.

O episódio que continua o conto da página Missão nas Estrelas:
Império Estelar II - Ameaça do Horizonte.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Rede TV irá passar a série Jornada nas Estrelas a partir da 00:30 do Sábado para Domingo

A quem sentia saudades de uma das séries mais aclamadas pelo público e que gerou uma onda de fãs distinta de todas as outras conhecidas, pode se preparar para ficar acordado até mais tarde. A Rede TV anunciou que irá estrear no canal a série Jornada nas Estrelas (Star Trek) totalmente remasterizada e com os efeitos especiais refeitos através de computação gráfica. O canal irá passar a primeira temporada contendo os 28 episódios.
A série do já falecido Gene Rodenberry foi ao ar pela primeira em 08/09/1966 e durou três temporadas. Deste ano até agora foram uma série animada, quatro séries e onze filmes. Para conhecer mais sobre a série indico o maior site brasileiro sobre Jornada nas Estrelas. Em conteúdo clássico há uma porção de páginas com a maioria dos episódios de todas as versões da série resumidos e criticamente comentados, além de muitas curiosidades. Na página principal, estão as notícias atualizadas sobre o andamento da produção. O décimo segundo filme da franquia será lançado em 2013 e os atores já se preparam para gravar, porém tudo ocorre em segredo.

A Faculdade de Jornada nas Estrelas (Star Trek) abaixo, site excelente:
http://www.trekbrasilis.org/