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terça-feira, 12 de abril de 2011

50 anos da primeira viagem ao espaço

No dia 12 de abril de 1961, do Cosmódromo de Baikonur, nas estepes do atual Cazaquistão, decolou a primeira missão espacial tripulada da União Soviética e da humanidade. Comandada pelo major soviético Yuri Alekesyevitch Gagarin, a viagem durou uma hora e quarenta e oito minutos provando ser possível ao homem resistir às acelerações, à falta de peso, à radiação cósmica e a outros perigos existentes no espaço. Ele morreu tragicamente nu acidente com um caça MIG 15 durante uma missão de treinamento em 1968.
A União Soviética conseguiu enviar um astronauta antes dos Estados Unidos em 1961 devido à existência de um fogute poderoso, RD-107, conhecido oficialmente como T-3, construído para levar uma ogiva nuclear e com alcance de até 6000 km. Nos tempos da Guerra Fria, os americanos tinham conseguido miniaturizar suas ogivas nucleares adaptando-as em capsulas de pequenos foguetes, porém os soviéticos não conseguiram reduzir as suas, por isso preferiram construir grandes veículos lançadores.
O RD-107 lançou o primeiro satélite do mundo em 1957, o Sputnik, o primeiro ser vivo, cadelinha Lika no Sputnik 2, do primeiro astronauta Yuri Gagarin na Vostok 1, as naves Voskhod e as primeiras Soyuz.
Nesse tempo, os americanos atrasaram-se com o lançamento do foquete Atlas, também um míssil balístico modificado, e da espaçonave Mercury devido a preocupações de segurança, já que seria um vôo tripulado por um humano. O primeiro americano a ir ao espaço foi Alan Shepard, ele fez vôo suborbital, praticamente subiu e desceu, e John Glenn completou uma órbita em torno da Terra.
A espaçonave Vostok tinha menos de 3 metros de diãmetro, pesava cerca de 5200 kg e compunha-se de 3 módulos presos entre si. A cabine tripulada era uma esfera contendo um acento ejetável de jato, um painel de controle, o depósito de água, o sistema de calefação e o depósito de paraquedas. O veículo foi projetado para usar a parte mais pesada de sua estrutura contra a atmosfera durante o reingresso. A missão havia sido totalmente televisionada, incluindo imagens ao vivo da cabine foram feitas e o astronauta alimentou-se de pastilhas. Ao voltar, tornou-se um herói da União Soviética e instrumento de propaganda política. Em seu nome, sua cidade natal Klushino passou a se chamar Gagarin.
Hoje os vôos orbitais são normais, mas quando começaram devido à falta de conhecimento sobre segurança e como construir transportes mais seguros as viagens eram consideradas muito perigosas.
Atualmente, a Agência Espacial Russa enfrenta problemas de sucateamento, porém suas espaçonaves Soyuz e os foguetes Próton continuam operando com níveis de sucesso muito bons. Em quarenta anos, houve menos acidentes com as Soyuz do que as naves americanas. A NASA recentemente resolveu aposentar a frota de ônibus espaciais e embarcará na carona dos velhos adversários russos - antes soviéticos- para as missões à Estação Espacial Internacional. Os russos pretendem reativar o seu antigo programa de ônibus espaciais (buran), mas não possuem recusrsos atualmente. As naves desenvolvidas até 1991 são mais econômicas e deténs as mesmas características que os Shuttles americanos. A Rússia como a NASA e a ESA procuram alternativas para continuar indo ao espaço e quiçá iniciar viagens interplanetárias.
Que a Rússia lembre com glória seu passado e que as outras nações menos sortudas, perdidas no meio de tanta corrupção, que o povo muitas vezes castigado por seus governos de ricos mesquinhos aprendam a sentir o desejo de superar suas dificuldades, de inventar sem depender dos meios das grandes nações e que consigam fazer surgir independentemente outros Yuris Gagarins.