
Scorpiae vive uma situação de ocupação militar tal qual Iraque, Afeganistão
    se puder fazer um paralelo. O Consórcio Solar cometeu uma segunda grande
    invasão por acreditar que os escorpianos descumpriam um tratado que os
    proibia de ter naves com capacidade de voo interestelar mais rápido que a
    luz. Vou desenvolver esta ideia a partir do segundo volume da revista. Bem,
    como todo povo subjugado, parcela de sua população parte para a resistência.
    Aqui o objetivo é aspectos históricos do conflito entre árabes e o Ocidente.
    Contudo, há a diferença de que os escorpianos aliamianistas não pretendem
    partir para as estrelas convertendo outros mundos, mas sua contraparte
    jarielita faz isso.
  Como resistir quando há poucos recursos? Que ações de guerrilha são mais
    eficientes? Quais alvos são mais significativos? Por que não outros? Os
    árabes usam um conceito polissêmico chamado Jihad para se referir à
    resistência que dependendo do grupo pode ser pacífico ou agressivo. De fato,
    há motivações históricas para este comportamento. No início do século XX com
    a queda do Império Otomano ele foi dividido entre as potências
    neo-colonialistas/imperialistas europeias. Iraque, Síria, Líbano ainda não
    eram nações. Interesses econômicos como o petróleo na Árabia Saudita
    atraíram países ocidentais para construir alianças como a realizada com a
    família Saud. Os Estados Unidos, por exemplo, procuraram alianças econômicas
    com grupos islâmicos mais conservadores, nesse caso os Sunitas. Para além,
    as potências ocidentais ignoraram o problema da divisão do mapa do Oriente
    Médio e as demandas das populações regionais como as da Palestina. Bem, o
    mapa do Império Escorpiano também foi dividido. Planetas-Estados ou Sistemas
    Estelares Estados artificiais foram estabelecidos, gerando novos
    tensionamentos na galáxia tal qual a opressão de grupos étnicos escorpianos
    e de outras espécies minoritários. 
  Os grupos precisam reagir, então os problemas mencionados são retomados.
    Pensei num texto sobre Oriente Médio que li quando fiz a disciplina no curso
    de história ao escrever. Inicialmente, pensei na questão do impacto
    cultural. Muitos movimentos opositores islâmicos ao Ocidente defendem visões
    que misturam política, governo com a Religião e a eliminação dos costumes
    liberais considerados pecaminosos, heréticos. São contrários às influências
    das potências nos assuntos da região. Neste sentido, faço as aproximações
    com os personagens escorpianos criados como Calebe Kalar, último Príncipe
    Imperial vivo. Ele faz algo que normalmente estranhava até ler o texto
    Jihad: Duas interpretações contemporâneas deum conceito polissêmico de
    Youssef Cherem da Unicamp. O personagem não tem condições de atacar a Terra
    assim como poucos grupos terroristas islâmicos contra os Estados Unidos.
    Hoje com a Internet novas formas de conseguir adeptos para ações contra o
    Ocidente surgiram. Alvos com grande concentração de pessoas como igrejas,
    mesquitas, aeroportos são escolhidas. Pensando nisso, escrevi a sequência de
    invasão ao Templo de Alímia na capital escorpiana. Enfim.