Este blog é destinado a um dos passa tempos que mais adoro: fantasia e Ficção Científica. Como escritor de FC, vou compartilhar alguns dos meus melhores contos, notícias e curiosidades. Não pretendo postar trabalhos somente de FC, mas de qualquer gênero que valha a pena discutir. Escrevo desde o ano de 1999. Infelizmente tenho pouco tempo para me dedicar à literatura integralmente como gostaria, mas prometo aqui trazer na medida do possível estórias curtas e interessantes.
domingo, 6 de janeiro de 2013
domingo, 30 de dezembro de 2012
As origens de Missão nas Estrelas e sinopse
Em
2002, quando comecei a assistir Guerra nas Estrelas (Star Wars)
surgiu o desejo de escrever narrativas que se assemelhassem à saga
de George Lucas. Em 2001, escrevi um conto chamado Missão nas
Estrelas: O Império Estelar. Decidi continuá-lo, mas com uma
cronologia diferente. A segunda estória passaria 120 anos depois dos
eventos dessa primeira narrativa e
alguns elementos dela foram utilizados.
Nessa cronologia, a série Missão nas Estrelas teve mais três
episódio e depois escrevi um quarto tratando de alguns
acontecimentos na época da primeira narrativa. Este episódio
denominado A Ameaça do Horizonte teve suas ilustrações
digitalizadas, refeitas e colorizadas. Seu texto foi reescrito e
publicado no blog Universo Fantástico e na minha página do Recanto
das Letras. O mesmo aconteceu
com este episódio. Os desenhos do primeiro conto não foram
modificados ainda por haver outros planos a ele.
domingo, 16 de setembro de 2012
Equívoco Fatal
Os radares registraram algo de estranho.
"Detectamos há tempo para análise e intervir caso seja necessário." -Disse o técnico.
"Qual a posição do objeto?"
"Cruzando a órbita de Júpiter e vindo para cá?"
"Droga..."
"Podemos realizar um ataque nuclear depois de ele passar por Marte." -Sugeriu outro.
O General:
"Quero um relatório sobre a natureza desse objeto."
"Tem dez mil quilômetros de diâmetro e
"Detectamos há tempo para análise e intervir caso seja necessário." -Disse o técnico.
"Qual a posição do objeto?"
"Cruzando a órbita de Júpiter e vindo para cá?"
"Droga..."
"Podemos realizar um ataque nuclear depois de ele passar por Marte." -Sugeriu outro.
O General:
"Quero um relatório sobre a natureza desse objeto."
"Tem dez mil quilômetros de diâmetro e
aparenta ser constituído de metais."
"Por Deus, isso é um planeta anã!"
"Que colidirá com a Terra em 24 meses."
Depois de se reunir com o conselho de defesa, dezoito meses se passaram:
"Acompanhando trajetória das sondas."
"Detonação termonuclear em... 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...
"Perdemos contato com a sonda de observação.
"Pulso de PEM registrado e...
"Ainda está lá!" - O General espantou-se.
Dias depois a Terra descobriria que seus governantes haviam cometido o maior equívoco diplomático de toda história da civilização. O planeta amanheceu cercado e impotente pela fúria dos estrangeiros do espaço!
"Senhor, nós não tínhamos como saber que era uma nave adentrando no sistema solar. Nossos radarem só conseguem fazer a identificação após Jupíter e não conseguimos a tempo." -Explicava um oficial subalterno enquanto acompanhava o General pelo longo corredor do Comando Espacial que ligava ao Centro de Estratégia.
"Agora é tarde para lamentações."
"Nossas cidades foram destruídas e estamos ficando cada vez mais vulneráveis. Precisamos montar uma resistência forte e resistir de maneira oposta à estratégia do inimigo."
Por anos, décadas e séculos a guerrilha lutou até cansar os invasores que sem recursos desistiram da conquista.
(De Itacir José Santim, 16/09/2012)
"Por Deus, isso é um planeta anã!"
"Que colidirá com a Terra em 24 meses."
Depois de se reunir com o conselho de defesa, dezoito meses se passaram:
"Acompanhando trajetória das sondas."
"Detonação termonuclear em... 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...
"Perdemos contato com a sonda de observação.
"Pulso de PEM registrado e...
"Ainda está lá!" - O General espantou-se.
Dias depois a Terra descobriria que seus governantes haviam cometido o maior equívoco diplomático de toda história da civilização. O planeta amanheceu cercado e impotente pela fúria dos estrangeiros do espaço!
"Senhor, nós não tínhamos como saber que era uma nave adentrando no sistema solar. Nossos radarem só conseguem fazer a identificação após Jupíter e não conseguimos a tempo." -Explicava um oficial subalterno enquanto acompanhava o General pelo longo corredor do Comando Espacial que ligava ao Centro de Estratégia.
"Agora é tarde para lamentações."
"Nossas cidades foram destruídas e estamos ficando cada vez mais vulneráveis. Precisamos montar uma resistência forte e resistir de maneira oposta à estratégia do inimigo."
Por anos, décadas e séculos a guerrilha lutou até cansar os invasores que sem recursos desistiram da conquista.
(De Itacir José Santim, 16/09/2012)
Admirável Mundo Novo: Exemplo de processo de Aprendizagem e Condicionamento Pavloviano
O livro Admirável Mundo Novo escrito em 1932 pelo inglês Aldous
Huxley, publicado no Brasil pelo Circulo do Livro, é uma daquelas
obras da Ficção Científica que exemplifica, considerando a época
quando foi escrito o lado bom e ruim de se ter uma sociedade
projetada através do conhecimento da biologia e das teorias
comportamentais. É um romance louco, principalmente aos que estão
acostumados a fazerem leituras sem demasiadas excentricidades.
Nele, devido às incertezas do período por causa da ascensão de
governos totalitários ao poder, a crise econômica e o medo de uma
nova guerra mundial, onde possivelmente a Alemanha ou a União
Soviética desenvolveriam a primeira bomba atômica, ameaçando a
destruição da civilização, o autor imaginou apenas duas
possibilidades para o futuro distante: vários governos totalitários
usando a ciência para construir mais armas nucleares espalhando o
terror global ou constituir apenas um que através do conhecimento
projetaria a partir de centros de reprodução humana artificial a
nova sociedade. Huxley afirmava que só as descobertas da biologia,
fisiologia e psicologia
poderiam contribuir para melhorar a qualidade da vida humana.
Através delas, os males que atormentam os indivíduos e que surgiram
com o desenvolvimento gradual da cultura poderiam ser eliminados
através de técnicas do condicionamento pavloviano e operante.
O romance inicia mostrando um laboratório denominado Centro de
Incubação e Condicionamento de Londres Central e o lema do Estado
Mundial: comunidade, identidade, estabilidade. Isto quer dizer que o
governo controla toda a reprodução humana e por mais estranho que
possa parecer as mulheres não ficam mais grávidas. Os bebês após
a fertilização artificial que permite gerar centenas de indivíduos
iguais, praticamente em escala industrial, desenvolvem-se em “úteros
artificiais.” As mulheres não aceitam mais procriarem e as
famílias compostas de mãe, pai e filho não existem mais. Foi
criado o lema bastante “democrático” de que “todos são de
todo mundo” e o objetivo do sexo alterou-se para apenas a busca
pessoal por satisfação e prazer. A sociedade divide-se em castas,
conforme a função que cada indivíduo foi condicionado ainda antes
de nascer e durante sua infância no laboratório.
Relacionado às ideias sobre o condicionamento pavloviano, no
capítulo II há uma cena em que enfermeiras distribuem numa longa
fila vasos com rosas e em outra extremidade de flores de outras
espécies. Posteriormente, elas trouxeram livros, distribuíram-os
abertos em páginas com gravuras chamativas para crianças e foram
pegar uns bebês de oito meses de idade. Eles foram liberados a fim
de poderem engatinhar à vontade pela sala e mexerem no que ali
estava posto. Engatinharam após um curto momento de quietude às
rosas e aos livros abertos. Tocaram nos objetos, despetalando-as e
amarrotando as páginas dos livros, enquanto alegravam-se. Quando a
alegria, a concentração das crianças nas coisas, atingiu o ápice
a enfermeira-chefe baixou uma alavanca fazendo soar com intensidade
cada vez maior campainhas de alarma. “As crianças
sobressaltaram-se, berraram; suas fisionomias estavam contorcidas
pelo terror.” (p. 31) Ela baixou uma segunda alavanca causando
maior desespero nelas, pois estavam tomando choques elétricos vindos
do chão eletrificado. Depois de parar com essas duas ações, as
enfermeiras ofereceram novamente as flores e os livros. “(...) Mas
à aproximação das rosas, à simples vista de imagens alegremente
coloridas do gatinho, do galo que faz cocoricó e do carneiro que faz
bé, bé, as crianças recuaram horrorizadas; seus berros
recrudesceram subitamente.” (p.32)
O que aconteceu na cena foi uma associação que as crianças fizeram
aos livros e o barulho intenso, as flores e o choque elétrico e após
variadas repetições seria concluída. Elas, então, cresceriam com
um ódio “instintivo” aos livros e às flores, assim aprenderam a
detestar o campo e à literatura. É o condicionamento clássico, o
qual consegue reprimir a liberdade individual até certo nível.
Aplica-se-o em casa, possivelmente. O livro tem muitos outros
exemplos, mas o mais memorável a mim ao aprendizado foi o dessa
descrição. Huxley imaginou uma sociedade organizada em castas, onde
cada indivíduo seria condicionado a uma tarefa específica durante o
seu desenvolvimento e que a estabilidade mundial resultaria do
controle de natalidade feito com o auxílio de estatísticas exatas,
assim como numa fábrica quando se calcula quanto vai se gastar de
matéria-prima para atingir a meta necessária de produção.
Uma dica com outros exemplos é o livro Laranja Mecânica do Anthony Burgess que Hollywood tornou filme.
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