Este blog é destinado a um dos passa tempos que mais adoro: fantasia e Ficção Científica. Como escritor de FC, vou compartilhar alguns dos meus melhores contos, notícias e curiosidades. Não pretendo postar trabalhos somente de FC, mas de qualquer gênero que valha a pena discutir. Escrevo desde o ano de 1999. Infelizmente tenho pouco tempo para me dedicar à literatura integralmente como gostaria, mas prometo aqui trazer na medida do possível estórias curtas e interessantes.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Missão nas Estrelas: Império Estelar 2 - A Ameaça do Horizonte
O trabalho Missão nas Estrelas: Império Estelar 2 - A Ameaça do Horizonte de Itacir José Santim foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Brasil.
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Missão nas Estrelas: Império Estelar
A Ameaça do Horizonte
De repente. Uma sequência de estrondos! Tremores por toda a nave e explosões!
-Mas, o que está acontecendo? -Perguntou liberando toda a tensão de seu corpo o Capitão da nave ao entrar na ponte de comando.
-Impossível por ora! Eu só estou captando suas ondas distorcidas de energia.
-É porque ela se ocultou. -Disse o Capitão Hank.
-Então, Sr. Kalar calibre os sensores e vamos rastrear toda a região.
-E se ela saltasse na velocidade da luz? -Pensou alto o Sr. Shin.
A nave atacante reapareceu. Disparou mais três vezes danificando o costado de bombordo do veículo quandiano, fazendo várias vítimas mortais e deixando-o inerte. Depois, ela saltou. Para onde? Informação não disponível.
A grande explosão pode ser sentida por todo o planeta e a luminosidade dela conseguiu chegar até o Planeta Quand. Os sismógrafos derlanianos monitoraram as oscilações desse acontecimento por quatro horas. Algo muito incomum devido às distâncias interplanetárias.
-Imperador Marc, assumi este dever após a morte de nosso aclamado líder imperial Ehover III, mas como General e estrategista tenho a sabedoria e o conhecimento necessários para saber o momento em que os escorpianos mentem. Digo, portanto, que este é o momento de nós confiarmos neles.
-Eu estranhei a sua presença aqui, pois o Senhor dificilmente visita a Sala de Máquinas, ademais o Capitão Titovsk ordenou que permanecêssemos na ponte para concluir o rastreamento dessa região.
-Precisei ver como estava a situação aqui.
-O Senhor não é necessário na Engenharia.
-Volte para a ponte Oficial. -Ordenou o Sr. Kalar com um tom de voz acentuado.
-Entendido, Sr. -Respondeu cabisbaixo o Sr. Shin, pois Troiã era o oficial mais graduado, portanto seu superior.
Depois desse fato, uma comunicação ilegal or-iginada da sala de computadores da Engenharia foi descoberta. Isso fez soar o alarme de segurança. A tripulação punha-se em alerta contra um possível sabotador.
-Imediato, envie forças de segurança para a sala de computadores da engenharia. -Ordenou o Capitão. -Temos um intruso ou um espião.
-Entendido. Segurança para a Engenharia. -Ordenou o Imediato pelo intercomunicador.
-Ele descumpriu minhas ordens!
A sombria imagem do Sr. Kalar como um espião passou pela cabeça verde do Capitão quandiano. Lastimável!
-O Sr. Kalar era o espião... e nós fomos enganados.
-Sensores registrando ondas eletromagnéticas que correspondem ao facho visto na sala de computadores da Engenharia. -Informou o Sr. Shin.
-Não pode ser! Intrusos! A nave camuflada! Alertem a segurança, soar alarme de intruso e abrir todos os canais de comunicação.
-Sou o Comandante Slarc da Terceira Esquadra Imperial do Planeta Zark distante duzentos anos-luz do seu Sistema e localizado no Espaço Arieniano.
-Eu sou o Capitão Ian Titovsk.
O que os oficiais e passageiros da nave não sabiam é que Zark representava um grande império estelar em ascendência que havia escravizado inicialmente a civilização arieniana, considerada aliada do governo escorpiano que ajudou os membros dela a escapar após o começo de uma revolta interplanetária. Os imigrantes arienianos instalaram-se sigilosamente no Planeta dos Escorpianos e começou a ajudá-los a desenvolver tecnologias melhores para dominar os sete mundos habitados do Sistema Solar. No entanto, tais tentativas só geraram más consequências.
-Tchiumm!
-Ele matou o Capitão Titovsk! -Exclamou o Sr. Shin.
O Imediato tentou detê-lo e foi morto também.
-Prendam-no! -Bradou o Capitão Hank que no mesmo instante é atingido letalmente. Ele caiu de borco. Seu peito tinha um grande buraco.
Slarc foge teleportando-se: -illl!
-Estou assumindo o comando temporariamente. -Informou o Sr. Shin que como navegador tinha o terceiro posto mais alto segundo a hierarquia da nova aliança. -Toda a tripulação para seus postos de combate. -Ele, então, dirigiu-se ao novo navegador também derlaniano: - Sr. Thirty, alinhar nave para saltar ao nosso Sistema Solar.
-Entendido, Comandante.
-Antares tem permissão para iniciar a aproximação final e estabelecer órbita para desembarque. -Respondia o controle.
Sim. Tudo tranquilo no planeta azul que não esperava pelas más notícias trazidas por uma de suas novas naves da frota espacial.
-Eu agradeço a Vossa Majestade Imperial, mas o que me traz aqui é uma descoberta nada boa.
-A nave Estrela Primeira continha um espião a bordo que passou informações sigilosas para um oficial estrangeiro de um planeta chamado Zark sito no espaço arieniano. Este mesmo alienígena invadiu a nave, assassinou o Capitão Ian Titovsk, seu Imediato e o Capitão Hank.
Os membros da assembleia pareceram horroriza-dos. Eles balbuciaram palavras de espanto, indignação e terror entre si. Uns não queriam aceitar o fato.
-Aparentemente, suas naves possuem algum tipo de tecnologia de ocultamento que facilita a aproximação durante situações de combate. -Continuou o Sr. Ender Shin.
-O ocultamento dificulta as manobras de orientação. -Interrompeu cético o Imperador Aurélio XII.
-Hum... o ocultamento provavelmente é utilizado após definir as trajetórias que autonomamente a nave deverá seguir, Vossa...
O governo escorpiano precisava concluir as negociações de paz imediatamente para poder conter a invasão. Os mundos Quand e Derlans não haviam descoberto a frota invasora até Scorp descobri-la por sua grade de vigilância espacial. Eles, então, começaram a reorganizar suas defesas a fim de conter a invasão.
O governo provisório colocou em alerta todas as bases militares da superfície e das cincos luas restantes, ordenou a ocupação das cidades e o lançamento de interceptores de combate G-5 Guardiões para tentar parar a esquadra invasora.
O oficial de verde conduziu-os até o local onde o Engenheiro encontrava-se monitorando o carregamento de plasma em um dos dois reatores e deixou-os.
-É um prazer em conhecê-lo, Capitão Shin. -Disse estendo a mão. -Sou Alan Tetra, Oficial Chefe da Engenharia da nave Horizonte.
-O prazer é meu Sr. Tetra e gostaria que conhecesse meu Imediato Sr. Thirty.
O Engenheiro ficou circunspecto.
Os anos de 2464 e seus sucessores, conforme o calendário planetário derlaniano ficaram conhecidos como o “período negro da História da comunidade interplanetária da Aliança dos Sete Planetas.”
Texto original escrito em: 24 de novembro de 2002
Disponível para download em PDF:
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/3483518
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Trecho do livro "O Encontro Final" para apreciação
Apresentação de O Encontro Final
O livro tem versão impressa e ebook kindle que pode ser acessado por aqui
Confesso que resisti em republicar O
Encontro Final por não ter um bom retorno do público. Escrevi o romance em um
caderno durante horas vagas entre uma atividade escolar e outra quando estudava
na 8ª. Série, hoje 9°. Ano. De fato, ela continuaria uma série de contos que comecei
a escrever um ano antes. Infelizmente, os manuscritos das histórias anteriores
foram perdidos, o que me fez reescrever boa parte do livro. Ele foi uma
interessante construção fictícia usando minha própria cidade como cenário.
Muçum encontra-se na região norte do Estado, há cerca de cento e vinte
quilômetros de Porto Alegre. É um município pacato conhecido por suas pontes
ferroviárias e paisagens verdes. Contudo, no romance toda tranquilidade é
destruída com acontecimentos assustadores. Por que escolhi uma cidade real?
Influência da literatura brasileira moderna. Sou fanática por Érico Veríssimo.
Escrevo no feminino, pois há dois
anos assumi-me como mulher transgênero chamada Poliana Gabriela Santim, contudo
não quis mudar o pseudônimo de autora, pelo menos para este trabalho, já que
ele é antigo e está registrado na Biblioteca Nacional. Enfim, a obra foi
escrita em 2004 e publicada em 2011 por conta própria. Na época, queria sentir
a experiência de ter um livro lido pelas pessoas. Confesso que muitas se sentiram
ofendidas, pois imaginei na situação literária pessoas reais. A Ficção Científica
é especulativa por natureza. Ela problematiza de conceitos a personagens em
eventos hipotéticos. A temática de invasão extraterrestre é recorrente. Não inventei
nada. Por anos, assisti Arquivo X, então colhi algumas referências televisivas
para usar no trabalho. Li pouco sobre Física e Astronomia, pois não tinha
acesso a livros nem computador com Internet. Comprei o meu primeiro quando
adulta em 2008 com o trabalho de auxiliar de produção em um frigorífico da BRF
(Brasil Foods). Então, digitei o livro muitas vezes reduzindo minhas horas de
sono antes de ir novamente para a empresa. Em 2011, despediram-me, decidi mandar a obra
para impressão, pagando com o dinheiro da rescisão de contrato de trabalho e
FGTS e ingressei para a faculdade de história na Univates em Lajeado/RS.
A obra representa parte de uma vida
em que possuía idealização. Criei personagens baseados em pessoas que admirava e
estava gostando. Retrato do meu inconsciente? Quem sabe? Hoje busco uma
definição para o livro. Primeira experiência? O modo de entender como escrever.
Ainda não entendi. Acho mais fácil escrever artigo científico, monografia.
Contudo, meus colegas e amigos de curso sempre me disseram para continuar
fazendo literatura. Houve vários momentos em que parei de fazê-la por falta de
disponibilidade. Posto isto, quero dar ao leitor esta obra com um aviso: “Cuidado
com pesadelos.”
Sábado. Amanhecia tranquilamente na
pequena cidade de Muçum. Havia pouco movimento nas ruas. Alguns carros
trafegavam pela avenida principal, pessoas mateavam em frente de suas casas e
saiam para se exercitar. Umas conhecidas encontravam-se durante o passeio e
paravam a fim de prosear. A maioria fazia isso, pois em uma vizinhança pequena
é costume falar do que um ou outro fez no dia anterior. Assim, surgiam as
fofocas.
A cidade possui duas cadeias de montanhas esverdeadas
capazes de transmitir a sensação de estar dentro de um grande buraco, no
entanto ela se encontra dentro de um grande vale com um rio que percorre paralelamente
a extensão urbana. Sobre ele, na entrada de Muçum, existe uma ponte
rodoferroviária que ao cruzá-lo passa a possuir arcos de concreto unidos com a
lateral esquerda da usada por automóveis. Do outro lado do rio, há uma estrada
de chão, uma favela com seus barracos ambíguos ao barranco fluvial e um longo
túnel de trem. Existem apenas duas avenidas principais que se unem após uma
virar para a direita, onde se encontra a maioria das lojas de roupas,
brinquedos e outros produtos. Pode-se andar a pé para qualquer localidade da
zona urbana devido às pequenas distâncias.
O lugar permaneceu tranquilo, enquanto
prosseguiu a alvorada. Na Escola Estadual General Souza Doca, única de Ensino
Médio existente no município, faxineiros, professores e membros da administração
arrumavam as salas de aula para o retorno às atividades curriculares que
aconteceria na Segunda-Feira. Os
primeiros raios solares dispersaram-se pelo pátio e depois atingiram os três
prédios de dois andares que constituíam com o ginásio municipal de esportes um
retângulo.
Algumas faxineiras variam a poeira e as folhas
das árvores quedadas no pátio. Tinha começado a ventar, no entanto a previsão
meteorológica havia indicado tempo ensolarado. Repentinamente, na sala de aula
do segundo prédio, Turma-71 no ano anterior, perto da extremidade da cantina e
do portão com acesso à escadaria para o setor da administração e dos outros
recintos de ensino, aconteceu um rugido semelhante a um trovão. Uma mulher que
varia o piso e encontrava-se ambígua ao recinto atingido pelo barulho entrou a
fim de verificar o que se passava. O lugar estava congelado. Algo invisível e
pequeníssimo absorvia todo o ar do interior da sala e produzia raios para todas
as direções. A faxineira apavorou-se. Ela gritou, gritou, gritou, mas ninguém
ouviu nada por causa do vendaval. Mesas
e classes eram arremessadas contra as paredes como brinquedos infantis e
permaneciam nelas coladas. Quando o fenômeno havia aumentado de intensidade,
ele empurrou a porta com tanta intensidade que ela rachou ao bater.
Subitamente, o estranho fenômeno terminou e um raio atingiu a faxineira lançando-a
contra o piso, enquanto continuava a gritar.
Do exterior, o último grito de pavor foi ouvido
chamando a atenção do Diretor da escola que nesse instante se encontrava em seu
gabinete. Ele correu preocupado para a sala da Turma-71, entrou e encontrou várias
criaturas disformes que andavam sob duas pernas, possuíam peles cinzentas
melequentas, três dedos homólogos longos em suas mãos e pés, cabeças triangulares
com uma extensão que constituía uma massa cônica para trás, olhos negros tão
volumosos que se assemelhavam a uma lupa, dois orifícios para respirar logo
abaixo e bocas pequenas. Elas eram magérrimas e repulsivas.
Os curiosos que se aproximaram da sala tinham
sido dominados. Restava agora aprisionar quem administrava a escola, por isso
uma criatura andou contra o Diretor, este saltou apavorado para trás, ela
estendeu o seu braço direito desdobrando os seus três dedos magérrimos e a
porta fechou-se como se houvesse magnetismo. Então, os estranhos seres
agarraram-no, sofreram resistência dele, mas conseguiram deixá-lo inconsciente
graças ao toque dos seus dedos homólogos. Depois de concluir a investida, as
criaturas assumiram as aparências de cada pessoa aprisionada.